Portugal quer ser referência no Espaço

Chiara Manfletti, Presidente da Agência Espacial Portuguesa, em entrevista à Euronews, traça os objetivos estratégicos para os próximos anos. Um dia depois da aprovação do maior orçamento de sempre para a Agência Espacial Europeia (ESA), a cientista explica os pilares da estratégia europeia, onde Portugal se afirma cada vez mais.
**A Agência Espacial Europeia aprovou o maior orçamento de sempre (14 mil milhões de euros). Quais são os principais objetivos?
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--- (Correção: Ao contrário do referido graficamente no vídeo, o orçamento da ESA é de 14 mil milhões de eiuros e não 1,4 mil milhões de euros) ---
Uma grande quantidade de atividades e missões muito entusiasmantes em que a Europa vai envolver-se nos próximos 5 anos. Vamos colaborar com a NASA para garantir que vamos ter europeus tanto na órbita como na superfície da Lua e explorar verdadeiramente a supefície de Marte, trazendo amostras para a Europa.
Quais são as ambições portuguesas e como é que se encaixam na estratégia europeia e internacional?
Na estratégia para o espaço, Portugal quer ser, até 2030, uma autoridade reconhecida globalmente nas interações espaço-clima-oceanos. Portugal tem também uma grande responsabilidade no Altlântico. Combinando estas duas vertentes, significa que estamos interessados em entender melhor os nossos oceanos; explorá-los melhor em termos de desenvolvimento social e económico. Ter uma constelação de satélites a observar é o que queremos, mas não numa perspectiva nacional; no âmbito de uma colaboração internacional com países euopeus e não europeus.
Que tipo de informação pode uma constelação de satélites fornecer?
Queremos garantir a segurança das nossas águas - das rotas e atividades marítimas- mas também queremos desenvolver a aquicultura ou tornar os oceanos mais limpos.
Podem os Açores ser sescolhidos para uma base de lançamento de satélites no futuro próximo?
Perguntámos às empresas se estavam interessadas em lançar a partir dos Açores. O arquipélago tem uma posição única no meio do atlântico o que o torna atrativo em termos de competitividade e segurança - há muita água à volta e para colocar satélites em órbitas baixas; há mais flexibilidade. Perguntámos às empresas e elas disseram que sim.