Resposta da UE ao Covid-19 com mais 37 mil milhões de euros

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De  Isabel Marques da Silva  com LUSA
Resposta da UE ao Covid-19 com mais 37 mil milhões de euros
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, sexta-feira, que vão ser disponibilizados 37 mil milhões de euros para apoiar o setor da saúde e as pequenas e médias empresas, que poderão sofrer os maiores impactos da pandemia do Covid-19.

Em conferência de imprensa, em Bruxelas, Ursula von der Leyen disse que a crise está só no início e que vai ter um grande impacto na economia da União.

"É um grande choque para a economia global e europeia e temos que tomar ações decisivas e ousadas agora e a todos os níveis. O choque é temporário, mas temos de trabalhar em conjunto para garantir que seja curto, para que se ultrapasse o mais rapidamente possível", disse a chefe do executivo comunitário.

Vários países, incluindo Portugal, anunciaram, esta seman,a medidas mais restritivas à circulação das pessoas e à atividade económica não essencial para impedir a propagação do coronavírus.

Para amorecer o impacto, os Estados-membros vão poder fazer um uso mais flexível das regras orçamentais por forma a fazer face às despesas no setor público, mas também para compensar empresas e cidadãos.

No caso da aviação, muito afetada pelo cancelamento de reservas, não se aplicará com o mesmo rigor, nos próximos quatro meses, a regra que impõe a utilização de 80 por cento das faixas horárias atribuídas para os voos.

Não deixar de ser solidário

É tempo de medidas excecionais, mas não se pode abandonar o espírito de solidariedade disse a líder do executivo europeu: "O mercado único tem que funcionar, não é bom quando os Estados-membros tomam medidas unilateralmente porque causam sempre um efeito dominó e impedem que equipamentos urgentemente necessários cheguem aos pacientes, aos hospitais".

"É claro que todos queremos proteger os nossos cidadãos da propagação do vírus. Mas temos de analisar em conjunto como é que o podemos fazer da forma mais eficiente", acrescentou Ursula von der Leyen.

A mensagem de Bruxelas é clara e baseia-se no princípio fundador do bloco: a união faz a força.