"Há cortes injustificáveis" no orçamento da UE

David Sassoli, Presidente do Parlamento Europeu
David Sassoli, Presidente do Parlamento Europeu Direitos de autor Francois Lenoir/ AP via pool
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De  Isabel Marques da SilvaJoanna Gill
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Os cortes no financiamento da inovação, saúde e clima são os mais polémicos, incluindo no famoso Fundo de Transição Justa para a transformação energética, reduzido a metade. Mas há pouco espaço de manobra, considera um analista.

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Os líderes da União Europeia podem ter chegado a acordo sobre o plano de recuperação económica, mas esses instrumentos orçamentais precisam do consentimento do Parlamento Europeu.

Os eurodeputados votarão, quinta-feira, uma resolução sobre o assunto, tendo o presidente do Parlamento, David Sassoli, apelado à abertura para fazer algumas alterações setoriais.

Há uma proposta em cima da mesa, mas gostaríamos de a melhorar, queremos melhorá-la, acima de tudo, para dar respostas a alguns dos cortes que consideramos injustificáveis.

Se quisermos apostar nas gerações futuras, não podemos cortar o orçamento para a investigação, para a juventude, para o programa Erasmus.
David Sassoli
Presidente do Parlamento Europeu

Os cortes no financiamento da inovação, saúde e clima são os mais polémicos, incluindo no famoso Fundo de Transição Justa para a transformação energética, reduzido a metade. Mas há pouco espaço de manobra, considera um analista.

"Os eurodeputados têm de aprovar o orçamento, mas não podem mudar o que foi decidido pelos líderes através da sua votação. Do ponto de vista político, é muito difícil para os eurodeputados dizerem não a algo que todos dizem, há várias semanas, que é urgente, porque a situação é grave e é necessário urgentemente distribuir algum dinheiro", referiu Eric Maurice, diretor da Fundação Robert Schuman.

Os eurodeputados também tinham uma posição mais exigente sobre condicionar a distribuição dos fundos ao respeito pelo Estado de direito e pediram novas fontes de recursos mais ambiciosas, mas em nome do compromisso essas áreas ficaram muito reduzidas.

O plano tem de ser aprovado, também, pelos parlamentos dos 27 Estados-membros, para entrar em vigor 1 de janeiro de 2021.

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