Plano de recuperação pós-Covid da UE num impasse

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O plano de recuperação pós-Covid-19 da União Europeia continua num impasse, pendente de negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho.

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O plano de recuperação pós-Covid-19 da União Europeia continua num impasse, pendente de negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho.

E o diálogo ainda é tão difícil que o eurodeputado socialista Pierre Larrouturou decidiu fazer greve de fome para denunciar a falta de financiamento para as políticas climáticas, de saúde e de investigação no orçamento. "Queremos um orçamento maior para evitar uma recessão, ajudar os hospitais de todos os países, salvar o clima, isolar casas, criar transportes públicos, ajudar os agricultores. Por isso, precisamos de mais dinheiro. E ao mesmo tempo, ouvimos os coletes amarelos, as pessoas estão cansadas de pagar impostos. Portanto, a solução defendida pelo Parlamento Europeu é encontrar outros recursos. Pode ser um imposto sobre o carbono nas fronteiras e pode ser sobretudo um imposto sobre a especulação ", afirma Larrouturou.

O Conselho rejeitou esta quarta-feira a última proposta do Parlamento sobre o tamanho do orçamento, mas o diálogo continua e alguns avanços foram alcançados no mecanismo para travar as violações do Estado de Direito. O Parlamento Europeu quer garantir que nem um cêntimo vai parar a países que não respeitem este princípio fundamental da União Europeia.

"Estamos prontos para um compromisso, mas outra coisa também é clara. Não podemos gastar o dinheiro sem respeitar princípios fundamentais como a liberdade de imprensa ou a independência do poder judicial. Esses são princípios fundamentais e é por isso que precisamos desse mecanismo do Estado de Direito, um mecanismo legislativo e vinculativo do Estado de Direito para a União Europeia. Para o Parlamento Europeu é uma linha vermelha ", destaca o líder do Partido Popular Europeu, Manfred Weber.

O Conselho não quer reabrir o acordo alcançado pelos Chefes de Estado e de Governo europeus. Em julho, os líderes da União Europeia acordaram um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros, mas para torná-lo real, todo o orçamento plurianual tem de ser aprovado.

E com a segunda vaga de coronavírus, esse dinheiro é mais urgente do que nunca.

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