Portugal antecipa para dezembro vacinação contra a Covid-19

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De  Isabel Marques da SilvaChristopher Pritchard
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A logística é complexa, mas todos os Estado-membros da União Europeia terão lotes disponíveis a partir de 27 de dezembro e o ritmo e abrangência de vacinação dependem da capacidade de cada país para pôr em prática os seus planos nacionais.

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Os países da União Europeia vão poder começar a vacinar a população contra a Covid-19 a partir de 27 de dezembro, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quarta-feira, sendo que a data se prende com a autorização da entidade reguladora dos medicamentos.

Face a esta nova calendarização, Portugal vai antecipar o processo que estava previsto para o início de janeiro. A ministra da Saúde, Marta Temido, disse que quase dez mil doses poderão ser administradas ainda este mês.

A logística é complexa, mas todos os Estado-membros terão lotes disponíveis e o ritmo e abrangência de vacinação dependem da capacidade de cada país para pôr em prática os seus planos nacionais.

“O importante é que todos os europeus tenham acesso à vacina no mesmo dia. É por isso que temos este procedimento de autorização nas mãos de uma agência reguladora independente, que é a Agência Europeia dos Medicamentos", Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia.

"Os planos nacionais de vacinação poderão, então, ser implementados, sendo que cada Estado-membro organizará o seu próprio processo nacional", acrescentou Schinas.

Solidariedade em vez de competição

Reino Unido, EUA e Canadá já iniciaram os seus programas de vacinação, mas a União Europeia prefere ser solidária com quem tem menos capacidade logística, do que vencer corridas internacionais, disse Jens Spahn, ministro da Saúde da Alemanha.

"França, Alemanha e Países Baixos poderiam, sem dúvida, ter adquirido e aprovado a vacina por conta própria. Mas tomamos uma decisão muito consciente de seguirmos este caminho juntos ao nível europeu, porque somos mais fortes juntos", explicou Spahn no parlamento alemão.

"Isso é verdade para esta pandemia, na vida quotidiana e na solidariedade política europeia. Estamos a adquirir vacinas em conjunto para que todos os 27 países disponham delas ao mesmo tempo. Estamos a promover o desenvolvimento e aprovação das vacinas em conjunto, no melhor espírito europeu", disse, ainda.

A Agência Europeia de Medicamentos tem uma abordagem mais cautelosa do que, por exemplo, a entidade russa, preferindo fazer mais testes em detalhe e em larga escala, para evitar o máximo de reações adversas.

A organização também pedirá às empresas que entreguem dados sobre a segurança das vacinas e os efeitos colaterais todos os meses em vez de semestralmente, como era habitual.

O governo português pretende vacinar primeiro os profissionais de saúde, já em dezembro, alargando, progressivamente, aos outros grupos prioritários a partir de janeiro.

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