Vacinação: Eurodeputados pressionam Ursula von der Leyen

Vacinação: Eurodeputados pressionam Ursula von der Leyen
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De  Isabel Marques da SilvaAna Lázaro
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Ursula von der Leyen assumiu "total responsabilidade" pelos possíveis impactos do novo mecanismo que visa controlar a exportação das vacinas produzidas na União Europeia.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi questionada pelos eurodeputados,  durante várias horas, na terça-feira, sobre os seus erros de liderança na estratégia de vacinação contra a Covid-19. Enquanto que a União Europeia terá vaciando cerca de 3% da população, os EUA já atingiram 9% e o Reino Unido está nos 15%.

“Todos compreendemos que nos esforços para desenvolver vacinas em velocidade recorde e para  aumentar a capacidade de produção pode haver coisas que correm mal, pode haver atrasos. Mas quando lhe coloquei a minha pergunta salientei que o que explica a quebra de confiança na União Europeia não são esses problemas com as vacinas, mas a forma como a Comissão que ela lidera está a lidar com os problemas”, disse a eurodeputada liberal neerlandesa Sophie in 't Veld, em entrevista à euronews.

Metas mantêm-se

Ursula von der Leyen assumiu "total responsabilidade" pelos possíveis impactos do novo mecanismo que visa controlar a exportação das vacinas produzidas na União Europeia. 

A presidente da Comissão Europeia também assumiu o erro de tentar explorar cláusulas do acordo do Brexit ao nível da fronteira da Irlanda do Norte (território britânico) com a Irlanda (Estado-membro) para conseguir controlar as vacinas que chegam ao Reino Unido.

Mas von der Leyen disse que mesmo que a britânica Astrazeneca entregue apenas metade do prometido durante o primeiro trimestre, a meta da Comissão continua a ser ter 70% dos europeus vacinados até ao final do verão,

O calendário de entrega das doses prevê:

  • 18 milhões de doses em janeiro
  • 35 milhões de doses em fevereiro
  • 55 milhões de doses em março
  • 300 milhões de doses a partir de abril

Para Philippe Lamberts, eurodeputado belga que é co-líder das bancada dos verdes, a culpa dos atrasos deve ser assacada às farmacêuticas.

"Iremos a tribunal para conseguir que haja mais transparência sobre os contratos. Mas é a falta de transparência que causa problemas nas entregas? Não vejo ligação entre as duas coisas. Os problemas que enfrentamos derivam do facto dos fornecedores não cumprirem os prazos de entrega. Isso é um facto. Não entendo que se seja tão tolerante com as grandes empresas farmacêuticas e se ataque a Comissão", explicou em entrevista à euronews.

A Comissão Europeia propõe acelerar a produção através da modernização de fábricas existentes ou a construção de novas, numa carta escrita por Von der Leyen e pelo primeiro-ministro de Portugal, António Costa, que preside ao Conselho da União Europeia durante o primeiro semestre de 2021.

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