Estados-membros sentem impacto do aumento dos preços do gás e eletricidade de forma diferente. Entendimento sobre abordagens comuns para o problema é difícil
Na Europa, o aumento dos preços do gás natural alimenta uma crise que consumidores e empresas já dizem sentir nas faturas da energia.
Comparativamente ao ano passado, o gás natural encareceu e muito: seis vezes mais.
Apesar da subida ser geral, nem todos os Estados-membros pagam o mesmo. A Grécia, seguida de Itália, Eslovénia e Croácia pagam mais pelo preço da eletricidade.
No extremo oposto encontram-se a Alemanha e a Polónia, acompanhados pela República Checa e Eslováquia.
Vários Estados-membros pedem uma solução europeia comum para fazer frente à crise, mas existem diferentes propostas em cima da mesa.
Espanha, França, Itália, Grécia, República Checa e Roménia, por exemplo, defendem a compra conjunta de gás.
Em outra frente - a da redução das ambições verdes da Europa - Polónia, Hungria, Luxemburgo, Chipre ou Malta defendem uma revisão do Sistema de Comércio de Licenças Emissões de C02 da União Europeia.
Para França, Hungria e República Checa, o nuclear deve ser parte da solução, mas outros Estados-membros entendem que o mercado funciona e que deve regular-se a si mesmo. Casos da Alemanha, Países Baixos, Dinamarca ou Finlândia, entre outros.
Um consenso na cimeira de Bruxelas está tudo menos à vista.