Envio de tanques Leopard 2 domina debate sobre ajuda da UE à Ucrânia

Foi aprovado o desembolso de mais 500 milhões de euros para enviar equipamento militar para Kyiv
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De  Vincenzo GenoveseIsabel Marques da Silva
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Por questões contratuais com vista a proteger as patentes de tecnologia militar, os países que importam estes tanques devem ter o acordo do governo alemão para os poderem alienar.

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Houve algum progresso no debate sobre o envio para a Ucrânia dos modernos tanques Leopard 2, de fabrico alemão, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, segunda-feira, em Bruxelas. A Polónia quer enviar este tipo de armamento que comprou à Alemanha e cuja alienação exige autorização do governo de Berlim.

O chefe da diplomacia europeia insiste que não há bloqueios: "A Alemanha não está a bloquear a vontade de outros países de exportarem os tanques Leopard 2", disse Josep Borrell, na conferência de imprensa no final da reunião.

Mas a verdade é que, por questões contratuais com vista a proteger as patentes de tecnologia militar, os países que importam estes tanques devem ter o acordo do governo alemão para os poderem alienar.

O governo polaco está cada vez mais otimista, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Zbigniew Rau: "Sim, certamente, vamos poder enviar estes tanques. Estaremos em contacto com o governo alemão a este respeito. Mas, independentemente, da decisão de outros países, estamos mais do que determinados, uma vez que prometemos ao lado ucraniano enviar os tanques para lá".

Apesar de ter dito, no domingo, que percebia a importância dos tanques para uma eventual contra-ofensiva da Ucrânia na primavera, a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock,  evitou dar informações mais concretas à imprensa em Bruxelas.

A decisão final tem de ser tomada pelo primeiro-ministro, Olaf Scholz.

A Polónia diz ter outras soluções em vista, em cooperação com a Finlândia e a Dinamarca.

Mas, enquanto não há decisão final sobre o insistente pedido da Ucrânia para ter este tipo de armas, a União Europeia continua a abrir os cordões à bolsa.

Foi aprovado o desembolso de mais 500 milhões de euros para enviar equipamento militar para Kyiv e outros 45 milhões de euros para dar formação às tropas ucranianas.

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