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Von der Leyen apoia iniciativa polaca e grega de "escudo europeu de defesa aérea"

Soldados alemães disparam um sistema de armas Patriot na instalação de disparo de mísseis da NATO, em Chania, Grécia, a 8 de novembro de 2017.
Soldados alemães disparam um sistema de armas Patriot na instalação de disparo de mísseis da NATO, em Chania, Grécia, a 8 de novembro de 2017. Direitos de autor Sebastian Apel/AP
Direitos de autor Sebastian Apel/AP
De  Mared Gwyn Jones
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Artigo publicado originalmente em inglês

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apoia a iniciativa dos governos da Polónia e da Grécia para criar um "escudo europeu de defesa. A proposta surge face às tensões que se estão a formar na periferia da União Europeia.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, indicou que vai apoiar o apelo dos primeiros-ministros polaco, Donal Tusk, e grego, Kyriakos Mitsotakis, para a criação de um "escudo europeu de defesa aérea", se conseguir um segundo mandato à frente do executivo comunitário.

Durante o debate eleitoral, quinta-feira, na Eurovoisão, von der Leyen defendeu "um escudo de defesa aérea para toda a Europa, tal como foi proposto por Mitsotakis e Tusk".

A proposta surge depois dos dois primeiros-ministros terem enviado uma carta a Ursula von der Leyen, apelando à criação desse escudo para proteger o espaço aéreo da UE de "ameaças, incluindo aviões, mísseis, drones e outros".

Os líderes advertem que a UE precisa de uma "iniciativa ousada" para mostrar aos seus "amigos e inimigos" que está a "levar a sério a sua defesa aérea".

"A Europa estará segura enquanto os céus estiverem seguros", lê-se na carta dos primeiros-ministros.

"Temos de desenvolver um sistema de defesa aérea altamente capaz, que atue como um dissuasor credível contra todos os possíveis agressores, e que será como um escudo para os nossos cidadãos e forças militares, no caso de a dissuasão falhar - protegendo assim todos os Estados-membros da UE e todos os cidadãos europeus", diz a missiva.

Tanto Tusk como Mitsotakis pertencem à mesma família política europeia que von der Leyen, o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita. O PPE está confortavelmente à frente nas sondagens para as eleições europeias de 6-9 de junho, o que dá a von der Leyen uma forte hipótese de continuar como presidente da Comissão, nos próximos cinco anos.

A líder do executivo comunitário fez do reforço das capacidades de defesa da Europa um princípio fundamental da sua plataforma eleitoral, criando sinergias entre as indústrias de defesa dos Estados-membros, atualmente estruturadas de acordo com as fronteiras nacionais e que se revelaram insuficientes para fornecer à Ucrânia as armas e munições necessárias para resistir à invasão em larga escala desse país pela Rússia.

Patriotas em demanda

A necessidade de reforçar a defesa aérea da UE foi posta em evidência durante uma cimeira de líderes da UE, em abril, quando o governo ucraniano apelou diretamente aos Estados-membros para doarem alguns dos seus próprios sistemas de defsa aérea para ajudar a Ucrânia a defender-se dos mísseis lançados pela Rússia.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro interino holandês, Mark Rutte, instaram os Estados-membros a analisar atentamente as suas reservas e a considerar o envio dos seus próprios sistemas de defesa aérea para Kiev.

A Alemanha doou um sistema de defesa aérea Patriot, um dos sistemas mais sofisticados do seu género, à Ucrânia no início de abril, depois de o chanceler Scholz ter cedido à pressão dos aliados.

A Espanha, a Grécia e, em menor escala, os Países Baixos, a Suécia e a Roménia - os países da UE que têm os seus próprios sistemas Patriots - foram desde então pressionados a contribuir para a Ucrânia. Mas estão hesitantes por receio de debilitar a sua própria defesa.

O governo de Kiev tem um número insuficiente de Patriots, dependendo de outros sistemas de defesa, incluindo mísseis terra-ar (SAM) da era soviética, como os S-300.

A Polónia tem dois sistemas Patriot, mas são considerados necessários dada a proximidade do país com a Rússia e o enclave russo de Kaliningrado.

No final de abril, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que os aliados tinham "mapeado as capacidades existentes em toda a aliança", acrescentando que havia sistemas que poderiam ser disponibilizados à Ucrânia.

Mas, desde então, as capitais não se têm mostrado disponíveis, por receio de deixar a própria UE vulnerável.

Tusk e Mitsotakis abordam esta "vulnerabilidade" na sua carta, acrescentando que o reforço da capacidade da UE para defender os seus céus funcionaria como um "catalisador" para a "modernização das indústrias europeias de defesa e segurança".

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