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França: extrema-direita de Le Pen consegue vitória histórica, Macron anuncia eleições antecipadas

Marine Le Pen
Marine Le Pen Direitos de autor Lewis Joly/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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O partido União Nacional obteve 31,5% dos votos em França, de acordo com as sondagens à boca das urna de domingo, tornando-se o primeiro partido francês a obter mais de 30% dos votos nas eleições europeias desde 1984.

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O partido de extrema-direita Rassemblement National (RN) obteve 31,5% dos votos nas eleições europeias de domingo, deixando para trás o Renaissance do Presidente Emmanuel Macron, de acordo com as projeções.

O partido de Macron, liderado por Valerie Hayer, recebeu 15,2% dos votos - nem sequer metade do apoio do União Nacional -, um declínio em relação aos 22% que recebeu nas eleições de 2019.

Perante a derrota, o presidente Macron anunciou que iria dissolver a assembleia nacional.

O cabeça de lista do partido Rassemblement National, Jordan Bardella, de 28 anos, saudou os resultados "com grande responsabilidade espiritual", "humildade" e "gravidade".

Durante um discurso de vitória em Paris, disse que o resultado era uma "mensagem clara dirigida a Emmanuel Macron e aos líderes europeus" e que marca "a determinação do nosso país em ver a União Europeia mudar de direção".

A antiga presidente do RN, Marine Le Pen, declarou que o povo francês deu "uma mensagem muito clara" a Macron. "Não querem mais uma construção europeia tecnocrática, acima do solo e cada vez mais brutal, que nega a sua história, despreza as suas prerrogativas fundamentais e que resulta numa perda de influência, identidade e liberdade".

O RN conseguiu atrair o eleitorado ao "organizar uma campanha de cariz nacional e não europeu", disse Francesco Sismondini, analista de sondagens eleitorais, à Euronews. O principal interesse do partido era "preparar o seu caminho" para as eleições nacionais de 2027 e "conseguiram-no", acrescentou.

Em terceiro lugar, o Place Publique, de esquerda, liderado por Raphaël Glucksmann, obteve 14% dos votos.

"Perante o regresso da guerra na Europa e a ascensão da extrema-direita, vamos erguer-nos", afirmou Glucksmann.

La France Insoumise obteve 8,7% dos votos, seguida de Os Republicanos com 7,2% e do Reconquête com 5,5%. Os Verdes obtiveram 5,2%.

A líder d' Os Verdes, Marie Touissant, afirmou que a derrota é "seca" e "amarga" e abre as portas a "todos os riscos".

"Perante a guerra travada contra a ecologia, estamos a retroceder", afirmou Toussaint num discurso após o anúncio dos primeiros resultados.

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