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Procuradoria Europeia investiga ex-diretor do BEI por corrupção

Werner Hoyer em 2022
Werner Hoyer em 2022 Direitos de autor European Union, 2022
Direitos de autor European Union, 2022
De  Jack Schickler
Publicado a Últimas notícias
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Artigo publicado originalmente em inglês

A Procuradoria Europeia investiga ex-diretor do BEI por corrupção e apropriação indevida. As alegações criminais são "absurdas e infundadas", disse Werner Hoyer, que renunciou ao cargo no final de 2023.

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Werner Hoyer, antigo presidente do Banco Europeu de Investimento, confirmou, hoje, que está a ser investigado pelo Ministério Público da UE, por corrupção e apropriação indevida, alegações que descreveu como "absurdas e sem fundamento".

Hoyer afirmou que irá cooperar plenamente com a investigação da Procuradoria Europeia (European Public Prosecutor's Office, equivalente ao Ministério Público em Portugal), sobre a indemnização paga a um antigo funcionário do BEI, durante a sua presidência.

"As alegações contra mim são completamente absurdas e infundadas", afirmou Hoyer numa declaração enviada por correio eletrónico. "Espero agora que sejam totalmente investigadas e esclarecidas e peço ao BEI que coopere plenamente com a Procuradoria Europeia. Também estou a cooperar plenamente com a Procuradoria Europeia e exijo que os factos sejam totalmente esclarecidos", acrescentou.

A declaração, enviada através do seu advogado, refere que a investigação está relacionada com um acordo de indemnização assinado por Hoyer, embora o presidente não tenha participado no processo de negociação.

"Os requisitos legais para iniciar uma investigação criminal pela Procuradoria Europeia são muito baixos", disse o seu advogado, Nikolaos Gazeas, acrescentando que "não é invulgar em termos legais" que um signatário se torne objeto de uma investigação.

Werner Hoyer, que foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, abandonou a liderança do BEI no final de 2023, depois de cumprir dois mandatos de seis anos, para ser substituído pela espanhola Nadia Calviño.

BEI levantou a imunidade de dois funcionários

O porta-voz do BEI disse à Euronews que "não pode comentar as investigações externas em curso", mas que irá cooperar com os procuradores, de acordo com a prática habitual.

O BEI levantou a imunidade de dois antigos funcionários - que estão sob anonimato -, permitindo aos procuradores o acesso às instalações e aos registos, de acordo com um comunicado da Procuradoria Europeia, hoje divulgado.

O pedido foi feito no âmbito de uma investigação em curso que envolve duas pessoas suspeitas de corrupção e abuso de influência, bem como de apropriação indevida de fundos da UE, disse a Procuradoria Europeia, acrescentando que os suspeitos são inocentes até prova em contrário.

A Procuradoria Europeia foi criada em 2021 para investigar questões como a fraude nos subsídios agrícolas, mas também se interessou por alegações sobre contratos assinados entre a Comissão Europeia e o fabricante de vacinas Pfizer.

O BEI é uma instituição da UE com 250 mil milhões de euros em capital, com foco em áreas prioritárias tais como as alterações climáticas e a reconstrução da Ucrânia, disse Calviño à Euronews, em fevereiro. As atividades do BEI são definidas pelos ministros das Finanças dos 27 países da UE.

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