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Primeira-ministra da Estónia: "Temos de manter a ameaça russa no centro das atenções da NATO"

A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.27 junho 2024
A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.27 junho 2024 Direitos de autor Olivier Hoslet/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Olivier Hoslet/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Ana Filipa PalmaEuronews
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Kaja Kallas pediu mais investimento na defesa aos membros da Aliança Atlântica e apelou ao empenho na adesão da Ucrânia à NATO.

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A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, apelou esta quinta-feira os aliados, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO cessante, Jens Stoltenberg, que se foquem na adesão da Ucrânia à NATO e no investimento na defesa.

O encontro de Kallas e Stoltenberg teve como objetivo debater os últimos preparativos para a Cimeira da NATO que se realiza em Washington já nos dias 9, 10 e 11 de julho.

Stoltenberg começou por agradecer a Kaja Kallas a sua dedicação à NATO, bem como a sua liderança. "A Estónia é um exemplo, pois investiu mais de 3% do seu PIB na defesa e prestou um apoio sem precedentes à Ucrânia", começou por referir Stoltenberg na sua intervenção.

Em maio deste ano, a Estónia, em cooperação com outros países da NATO, promoveu uma formação de treino militar para civis.

Kaja Kallas defendeu ainda que, em Washington, têm de ser tomadas decisões para fortalecer a segurança dos países membros da NATO, começando pelo apoio à Ucrânia. "O preço que pagamos para apoiar a Ucrânia no seus esforços para lutarmos contra o imperalismo russo é muito pouco, comparando com o que pagaríamos se não o fizéssemos", disse.

Kallas reforçou ainda que a vitória da Ucrânia tem de ser o maior objetivo, citando o historiador norte-americano, Timothy D. Snyder, ao dizer: "Nem sempre se ganham guerras, mas nunca as ganharemos se não pusermos a vitória como principal objetivo".

A primeira-ministra da Estónia afirmou ainda que o país vai investir 0,25 % do PIB em ajuda militar para a Ucrânia nos próximos quatro anos e deixou um recado: "Se todos os aliados fizessem o mesmo, seria o suficiente para a Ucrânia vencer a guerra".

Kallas deixou também clara a urgênia de, na próxima cimeira, ser discutida a adesão da Ucrânia à NATO. "O nosso dever é prosseguir com o processo de adesão da Ucrânia à NATO. Temos de demonstrar, através das nossas palavras e ações, que o caminho da Ucrânia para a NATO é irreversível. E, em segundo lugar, temos de manter a ameaça russa no centro das atenções da NATO".

Stoltenberg e Kallas discutiram no encontro desta quinta-feira novos planos de defesa da NATO que podem passar pela necessidade de os aliados aumentarem o seu investimento. "Até ao final do ano, era bom que os 23 aliados alcançassem 2% do objetivo", disse Kallas.

Até agora, só 23 dos 32 aliados respeitam o compromisso de investir 2% do PIB no setor da defesa.

Kallas relembrou que em 1988 muitos dos aliados da NATO investiam mais em defesa do que hoje. "Todos os aliados estavam a gastar mais de 2%, alguns até 6% em defesa, porque a ameaça era real, havia uma Guerra Fria a decorrer e agora temos uma guerra quente na Europa e não estamos a gastar o suficiente", diz.

Contudo, reforça que mais do que falar em segurança interna nacional, "parece-me importante falarmos de uma defesa regional que é a defesa da Europa".

A nomeação de Mark Rutte como próximo secretário-geral da NATO também foi tema. "Ele conhece muito bem a NATO e é muito competente e experiente. É um construtor de consensos, o que é talvez a tarefa mais importante de qualquer secretário-geral da NATO: construir consensos entre 32 aliados", diz Stoltenberg.

A Estónia, juntamente com a Lituânia, Letónia e Polónia, fez chegar uma carta à UE a pedir investimento para a construção de uma infraestrutura de defesa ao longo da fronteira externa da UE com Rússia e Bielorrússia." Mais do que uma questão de financiamento, esta é uma questão política, com a necessidade de se olhar para as ameaças que vêm aí e ver esta iniciativa como uma forma de antevisão e de proteger as nossas pessoas nos próximos anos", esclareceu Kallas.

Kalla Kajas deverá ser nomeada a próxima Alta Representante da Política Externa e Segurança.

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