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Resistência à exigência de paridade nos candidatos à Comissão Europeia

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobe ao palco durante a cerimónia de abertura da conferência sobre a recuperação em Berlim, Alemanha, a 11 de junho de 2024.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobe ao palco durante a cerimónia de abertura da conferência sobre a recuperação em Berlim, Alemanha, a 11 de junho de 2024. Direitos de autor  Ebrahim Noroozi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Ebrahim Noroozi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones
Publicado a Últimas notícias
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Tal como em 2019, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu aos governos dos Estados-membros que indiquem um nome feminino e um nome masculino para o órgão executivo da UE, mas alguns resistem e só propuseram um candidato.

Embora os Estados-membros tenham até 30 de agosto para propor os candidatos a comissários europeus, para o próximo mandato de cinco anos, nenhum país se mostrou ainda disposto a apresentar dois candidatos de ambos os sexos, em conformidade com o pedido de Ursula von der Leyen.

"Quero escolher os candidatos mais bem preparados que partilhem o compromisso europeu. Mais uma vez, o meu objetivo é que haja igualdade entre homens e mulheres na mesa do Colégio", afirmou von der Leyen, no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, após a sua reeleição a 18 de julho.

A presidente da Comissão formalizou o seu pedido através de uma carta enviada aos governos da UE, na quinta-feira de manhã. Um porta-voz do executivo confirmou que a carta apresenta explicitamente o plano de von der Leyen para alcançar um equilíbrio entre ambos os géneros.

Nove Estados-membros já confirmaram os seus candidatos, que terão de ser avaliados por von der Leyen a partir de meados de agosto e sobreviver a uma votação nas comissões do Parlamento Europeu antes de poderem garantir um lugar no novo "colégio" de comissários.

Desses nove, seis Estados-membros estão a apresentar novos candidatos, mas nenhum acedeu ao pedido de von der Leyen.

Os restantes três - Letónia, Países Baixos e Eslováquia - optaram por renomear os seus comissários em exercício e, por conseguinte, não são obrigados a nomear um homem e uma mulher.

Penso que o pedido da presidente foi claro para os Estados-membros - que o seu objetivo é ter uma proporção igual de homens e mulheres na mesa do colégio e, por esta razão, está a pedir dois nomes.
Porta-voz da Comissão Europeia

O primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, disse aos jornalistas, esta semana, que apenas irá nomear o antigo ministro das Finanças, Michael McGrath, apesar de levar a paridade de género "extremamente a sério".

Harris afirmou que o goverbo de Dublin "não envia o seu ministro das Finanças a Bruxelas de ânimo leve", o que significa que o governo poderá estar relutante em propor outra candidata para competir com o peso-pesado McGrath.

O primeiro-ministro checo, Petr Fiala, juntou-se a Harris ao nomear apenas um candidato masculino, na quinta-feira, quando confirmou que o seu governo tinha escolhido o ministro da Indústria e do Comércio, Jozef Síkela, para concorrer a um lugar no executivo da UE.

A Croácia também nomeou um único candidato do sexo masculino, enquanto que a Finlândia, a Espanha e a Suécia nomearam apenas uma mulher.

"Penso que o pedido da presidente foi claro para os Estados-membros - que o seu objetivo é ter uma proporção igual de homens e mulheres na mesa do colégio e, por esta razão, está a pedir dois nomes", disse um porta-voz da Comissão Europeia na quinta-feira.

"A Comissão Europeia irá, naturalmente, realizar as suas entrevistas e selecionar com base nos méritos dos candidatos", acrescentou o porta-voz. "Penso que é bastante claro qual é o seu objetivo".

A Comissão cessante de von der Leyen tinha um equilíbrio de género de 13 mulheres e 14 homens.

Von der Leyen é a primeira mulher a presidir ao órgão executivo da UE e prometeu desenvolver um "roteiro para os direitos das mulheres" durante o seu segundo mandato, a fim de colmatar as disparidades salariais e de pensões entre homens e mulheres, combater a violência contra as mulheres e conciliar a vida profissional e familiar.

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