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Hungria simplifica entrada de russos e bielorrussos no país

Viktor Orbán tem vindo a aproximar-se de Moscovo
Viktor Orbán tem vindo a aproximar-se de Moscovo Direitos de autor  Alexandru Dobre/AP
Direitos de autor Alexandru Dobre/AP
De Ricardo Figueira
Publicado a Últimas notícias
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Medida implica que cidadãos da Rússia e Bielorrússia entrem mais facilmente no espaço da União Europeia

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A Hungria simplificou os procedimentos de entrada de cidadãos russos e bielorrussos no país, o que significa que podem agora entrar facilmente na Hungria e, a partir daí, noutros países da zona Schengen.

Esta entrada mais fácil acontece com o alargamento do estatuto de trabalhador convidado aos russos e bielorrussos. Com este mecanismo, os cidadãos estrangeiros podem obter facilmente o visto, sem terem de passar por controlos de segurança, e obter o chamado cartão nacional, que lhes permite permanecer no país durante dois anos, com possibilidade de esse período ser alargado por mais dois anos se a pessoa quiser permanecer na Hungria.

Segundo Budapeste, muitos destes trabalhadores vão ajudar na construção de uma central nuclear com tecnologia russa.

A notícia foi avançada pelo site alemão RND, que mostra preocupação de que, assim, os espiões russos possam entrar com maior facilidade na União Europeia, ou que o Kremlin possa enviar facilmente agentes para o território da UE para levar a cabo ações de desestabilização ou mesmo ataques terroristas.

A mesma preocupação foi expressada pelo presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, que descreveu a medida como uma "ameaça à segurança nacional". Weber escreveu uma carta aberta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pedindo que o tema seja discutido na próxima cimeira.

A Comissão Europeia também reagiu: “A nossa posição política é que a Rússia é uma ameaça à segurança da UE e, por isso, todos os instrumentos a nível da União e dos Estados-Membros devem garantir a segurança da União e ter em conta a segurança do espaço Schengen”, afirmou a porta-voz da CE Anitta Hipper.

A aproximação a Moscovo do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia, está a ser vista com maus olhos pelos restantes Estados-membros. Recentemente, fez visitas unilaterais a Moscovo e Pequim, que classificou como "missões de paz", ao que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, respondeu dizendo que não passavam de "missões de apaziguamento".

Este fim de semana, Orbán participou num evento na Roménia em que voltou a criticar os restantes Estados-membros da UE pela abordagem ao tema da Ucrânia.

Para a Comissão Europeia, Orbán propôs a recondução de Olivér Várhelyi, atual comissário para a Vizinhança e o Alargamento, que tem causado alguma polémica por romper com a linha oficial da Comissão Europeia e seguir a política do governo húngaro.

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