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Boicote à Hungria: cimeira informal em Budapeste teve menos de metade dos ministros

Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria
Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Rita KonyaEuronews
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Dos 27 Estados-membros, só dez se fizeram representar por ministros na cimeira informal de Justiça e Assuntos Internos em Budapeste no âmbito da presidência húngara do Conselho da UE. Ministro húngaro do Interior fala, ainda assim, em "representação forte".

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Apenas 10 dos 27 Estados-Membros se fizeram representar por ministros na cimeira informal sobre Justiça e Administração Interna em Budapeste.

Tal como outros eventos informais da presidência húngara da União Europeia (UE), que começou a 1 de julho e dura até ao final do ano, este encontro foi alvo do boicote prometido por Bruxelas, depois das viagens do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, a Moscovo e a Pequim.

Alguns dos políticos presentes não quiseram comentar as ausências e outros consideraram-nas uma mera expressão de opinião.

Penso que se trata de uma reação à atividade externa da Hungria, por vezes não ajustada ao quadro europeu. Alguns países enviaram políticos de nível inferior, outros enviaram ministros, não digo que seja um boicote, mas sim uma espécie de opinião dos Estados-Membros.", afirmou Arnoldas Abramavičius vice-ministro do Interior da Lituânia.

” Não tenho comentários a fazer, sou secretária de Estado francesa, represento o meu ministério, o Sr. Gérald Darmanin, e estou aqui apenas porque somos europeus”, referiu Sabrina Agresti- Roubache, secretária de Estado dos Assuntos Internos de França.

Após a reunião, o Ministro húngaro do Interior, Sándor Pintér, salientou a presença de dez ministros em Budapeste, o que disse ser “um número razoável para tempos de paz”, considerando que se tratou de uma "representação forte".

Ainda assim, Pintér mostrou-se confiante de que, nas reuniões formais, os Estados-membros vão fazer-se representar ao mais alto nível, através de ministros.

Não é inédito que um Estado-membro esteja representado numa reunião do Conselho da União Europeia apenas ao nível de secretários de Estado, mas se isto se tornar uma prática constante, irá prejudicar o prestígio da presidência húngara da UE. Especialmente se muitos dos chefes de Estado e de governo decidirem não participar na reunião do Conselho Europeu de Budapeste, em novembro.

Reunião de Negócios Estrangeiros em Bruxelas

Para já, a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE, marcada para os dias 28 e 29 agosto, terá lugar em Bruxelas e não em Budapeste, segundo informou esta segunda-feira Josep Borrell, o chefe da diplomacia do bloco.

Temos de enviar um sinal, mesmo que seja um sinal simbólico, à Hungria”, afirmou Borrell.

"Penso que foi muito mais apropriado mostrar este sentimento e convocar as próximas reuniões do Conselho dos Negócios Estrangeiros e da Defesa em Bruxelas”, acrescentou.

Segundo Borrell, 25 dos 26 países parceiros da Hungria criticaram a visita de Orbán a Moscovo, a qual Budapeste classificou como uma “missão de paz”. Apenas a Eslováquia apoiou a posição da Hungria.

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