Kiev vai receber a primeira tranche dos 50 mil milhões de euros em financiamento da União Europeia. O presidente da Ucrânia reconheceu, pela primeira vez, a incursão da Ucrânia na Rússia.
A União Europeia concedeu à Ucrânia4,2 mil milhões de euros para ajudar a apoiar a recuperação do país face à agressão da Rússia.
Este é o primeiro pagamento efetuado ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia, um plano de quatro anos em que a UE concederá até 50 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos. Embora a UE não esteja envolvida na ofensiva militar da Ucrânia na Rússia, indicou que apoia o direito do país de Volodymyr Zelenskyy se defender.
"Não nos compete comentar. A UE não está envolvida e não comenta os desenvolvimentos operacionais na linha da frente. Apoiamos plenamente o exercício legítimo dos direitos inerentes à autodefesa da Ucrânia e os esforços para restaurar a sua integridade territorial e soberania, bem como para fazer recuar e combater a agressão ilegal da Rússia" disse Nabila Massrali, porta-voz da Comissão Europeia, citada pela AP.
Zelenskyy reconhece incursão da Ucrânia na Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, reconheceu pela primeira vez a incursão da Ucrânia na Rússia. Numa mensagem de vídeo, Zelenskyy afirmou que a incursão na região de Kursk é uma tentativa de travar os bombardeamentos russos.
O governador da região russa de Kursk, Alexei Smirnov, anunciou numa reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que, atualmente, a Ucrânia controla 28 povoações com uma população de cerca de 2000 pessoas. De acordo com Smirnov, da mais recente incursão resultaram, ainda, 12 mortos e 121 feridos.
Vladimir Putin considera o ataque da Ucrânia uma provocação e ordenou às suas forças que expulsem o inimigo dos territórios russos.
O ataque transfronteiriço apanhou a Rússia de surpresa e significou uma mudança de tática para Kiev, mais de dois anos depois das tropas de Moscovo terem iniciado uma invasão em grande escala na Ucrânia.