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Parlamento ucraniano aprova proibição das atividades da Igreja Ortodoxa Russa no país

Kiev ilegaliza grupos religiosos ligados a Moscovo
Kiev ilegaliza grupos religiosos ligados a Moscovo Direitos de autor  Efrem Lukatsky/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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De Euronews
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Grupos religiosos ligados a Moscovo foram ilegalizados. Arcebispo da Igreja Ortodoxa Ucraniana, historicamente ligada à Igreja Ortodoxa Russa, diz que a lei é controversa e insiste na independência dos russos.

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O parlamento ucraniano aprovou uma lei que proíbe as atividades de grupos religiosos ligados à Igreja Ortodoxa Russa ou a qualquer outro grupo religioso que apoie a invasão da Ucrânia pela Rússia.

De acordo com a legislação, as atividades da Igreja Ortodoxa Russa são "uma extensão ideológica do regime do Estado agressor" e "cúmplices de crimes de guerra e crimes contra a humanidade".

O projeto de lei foi aprovado na terça-feira no parlamento ucraniano, com 265 votos a favor e 29 contra.

A Igreja Ortodoxa Ucraniana tem estado historicamente ligada à Igreja Russa e o arcebispo Klyment já veio defender que a nova lei é controversa, insistindo na independência de Moscovo.

"A Igreja Ortodoxa Ucraniana é independente e autónoma na sua administração. Não está subordinada a nenhum centro na Ucrânia, ou seja, a nenhum centro para além da metrópole de Kiev. E certamente não está subordinada a nenhum centro fora da Ucrânia, seja num país que é chamado de Estado agressor ou em qualquer outro país. Não há centros estrangeiros que possam influenciar as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana", afirmou o arcebispo.

Mas o governo ucraniano afirma que a Igreja Ortodoxa Ucraniana continua ligada à igreja russa e ao seu patriarca sediado em Moscovo, que descreveu a invasão russa na Ucrânia como uma “guerra santa”.

"Violação grotesca da liberdade religiosa"

A agência de segurança do país fez mesmo buscas nas igrejas ortodoxas e garantiu ter encontrado passaportes russos e panfletos pró-russos.

Um advogado que representa a Igreja referiu que a lei é uma "violação grotesca da liberdade religiosa".

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, descreveu a decisão do parlamento ucraniano como uma estratégia que visa "destruir a ortodoxia canónica e verdadeira e trazer para o seu lugar uma substituta, uma falsa Igreja".

A nova lei, que ainda tem de ser promulgada por Volodymyr Zelensky antes de entrar em vigor, dá nove meses às paróquias para "cortarem os laços com a Igreja Ortodoxa Russa".

O presidente ucraniano já afirmou que era dever de Kiev "garantir a independência espiritual da Ucrânia”.

O patriarcado de Moscovo respondeu à aprovação da lei denunciando um "ato ilegal" que viola os direitos humanos.

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