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Deputada georgiana nega irregularidades nas eleições e defende veracidade dos resultados

Membros de uma comissão eleitoral contam os boletins de voto numa assembleia de voto após as eleições parlamentares em Tbilisi, Geórgia, sábado, 26 de outubro de 2024
Membros de uma comissão eleitoral contam os boletins de voto numa assembleia de voto após as eleições parlamentares em Tbilisi, Geórgia, sábado, 26 de outubro de 2024 Direitos de autor  Kostya Manenkov/AP
Direitos de autor Kostya Manenkov/AP
De Evelyn Ann-Marie Dom
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Em entrevista à Euronews, a deputada do partido “Sonho Georgiano”, Maka Botchorishvili garantiu que processo eleitoral foi justo, alegando que o uso de tecnologia nas mesas de voto deixou pouco espaço para especulação.

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O partido no poder, o "Sonho Georgiano", foi declarado vencedor das eleições no país, com uma maioria de 53,92% dos votos, de acordo com os dados da Comissão Eleitoral Central, mas os partidos da oposição da Geórgia não tardaram a contestar os resultados, afirmando que as eleições foram "manipuladas".

Em resposta às críticas dos observadores, que relataram violações das eleições, incluindo intimidação e interferência, a presidente da comissão parlamentar da Integração Europeia argumentou que o processo eleitoral foi justo e deixou pouco espaço para especulação.

A deputada georgiana afirmou que "todas as condições de competitividade foram cumpridas pelas autoridades georgianas e pela Geórgia em geral", o que permitiu aos cidadãos georgianos a liberdade de eleger quem quisessem. Todos os partidos políticos tiveram a possibilidade de fazer campanha e de atrair a confiança dos cidadãos da Geórgia", acrescentou.

Botchorishvili afirmou que foi a primeira vez que as assembleias de voto foram equipadas com scanners eletrónicos nas urnas e que a tecnologia foi utilizada para salvaguardar os resultados eleitorais.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enviou 529 observadores para a Geórgia, incluindo uma delegação de 12 deputados do Parlamento Europeu. Os observadores estavam lá para analisar o ambiente que antecedeu as eleições, incluindo o controlo da cobertura mediática da campanha eleitoral e os procedimentos no próprio dia das eleições.

Botchorishvili reconheceu que os observadores assinalaram vários incidentes, mas afirmou que é necessário apresentar exemplos concretos para identificar um potencial problema.

Um futuro para a UE?

Para Botchorishvili, o partido no poder quer avançar na via europeia "pacificamente e com dignidade".

"Queremos implementar o que prometemos aos nossos cidadãos, ou seja, avançar pacificamente, com dignidade, com desenvolvimento económico e com melhores condições para os nossos cidadãos, rumo à União Europeia", acrescentou.

A União Europeia congelou o processo de adesão da Geórgia devido a várias leis iniciadas pelo partido no poder, incluindo a lei dos "agentes estrangeiros", que a UE considerou incompatível com os valores europeus.

Quando questionada sobre a forma como o partido iria melhorar a sua relação com a UE, especialmente no que diz respeito a esta lei, considerada incompatível, Botchorishvili disse que a lei é "sobre transparência, e nada mais", e que o seu partido está pronto para mostrar que a lei não irá criar quaisquer problemas.

"O único objetivo desta legislação é informar a sociedade georgiana, manter o processo político transparente e salvaguardar o desenvolvimento democrático da Geórgia", afirmou, explicando que "é absolutamente importante manter um desenvolvimento democrático estável na Geórgia para garantir o nosso futuro europeu. A transparência é uma das coisas que irá ajudar e não o contrário".

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