João Cravinho morreu aos 88 anos vítima de doença prolongada. Cravinho foi ministro dos governos de António Guterres e de Vasco Gonçalves.
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Morreu um dos militantes socialistas que marcou uma época na política nacional. João Cravinho foi ministro da Indústria e Tecnologia do IV governo provisório de Vasco Gonçalves, em 1975. Mais tarde, ocupou o cargo de ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, no XIII Governo, liderado por António Guterres.
Pai de Gomes Cravinho, ex-ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros no governo de António Costa, João Cravinho teve um importante papel na luta anticorrupção, embora o seu plano, que colocava sob suspeita todas as pessoas que demonstrassem rendimentos que não correspondessem ao património real tenha sido rejeitado pelos deputados parlamentares do seu próprio partido.
Engenheiro de formação, João Cravinho demitiu-se da Assembleia da República e anos mais tarde acusou o Governo de José Sócrates de travar o combate contra a corrupção.
De acordo com a sua família, o ex-ministro faleceu “tranquilamente em casa”.
Presidente da República expressa "profundo pesar"
Em nota publicada no sítio da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou profundo pesar pela morte de João Cravinho, "político multifacetado que exerceu os mais diversos e exigentes cargos públicos, desde ministro da República em vários Governos, deputado à Assembleia da República em várias legislaturas e deputado ao Parlamento Europeu, onde aliás foi vice-presidente".
João Cravinho "pautou a sua vida por uma defesa incansável da ética na política e na vida pública, lutando sempre contra a corrupção e desempenhando os mais diversos cargos com desassombro e coragem", pode ainda ler-se na nota.
Quase todos os partidos com assento parlamentar expressaram condolências à família do ex-político e foi efetuado um minuto de silêncio na Assembleia da República.