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Red Eléctrica contradiz o Governo e responsabiliza as companhias de eletricidade pelo apagão de 28 de abril

Fotografia de arquivo tirada no dia do apagão.
Fotografia de arquivo tirada no dia do apagão. Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
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De Cristian Caraballo & Euronews en español
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Beatriz Corredor, presidente não executiva da organização, salientou ainda que as empresas de eletricidade proprietárias destas centrais forneceram informações "parciais e de qualidade insuficiente".

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Na terça-feira, a Red Eléctrica atribuiu a principal causa do apagão de 28 de abril às centrais de produção que, segundo os seus administradores, não cumpriram a sua obrigação de participar no controlo da tensão. Beatriz Corredor, presidente não-executiva da entidade, também destacou que as empresas de energia proprietárias dessas usinas forneceram informações "parciais e de qualidade insuficiente" durante a investigação.

A diretora geral de organização da Red Eléctrica, Concha Sánchez, afirmou que, se as centrais elétricas tivessem atuado de acordo com o exigido, o apagão poderia ter sido evitado. De acordo com Sánchez, a crise começou com uma oscilação numa central fotovoltaica em Badajoz, cuja causa ainda não foi esclarecida pelo seu proprietário. Este acontecimento inicial, combinado com desligamentos indevidos de outras centrais no sul do país, desencadeou uma "queda em cascata" que culminou no apagão.

Por seu lado, as empresas de eletricidade agrupadas na Associação de Empresas de Eletricidade (Aelec) responsabilizam a Red Eléctrica, argumentando que esta geriu o sistema com "uma capacidade síncrona limitada e uma distribuição geográfica desequilibrada". Sublinharam ainda que a empresa chegou a atuar "acima das suas obrigações regulamentares" para tentar estabilizar o sistema.

Enquanto o governo, a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) e os tribunais analisam as responsabilidades, tanto a Red Eléctrica como as empresas de eletricidade apontaram a necessidade de implementar medidas para evitar futuros apagões. Entre as recomendações destacam-se a melhoria do controlo dinâmico da tensão e o reforço da observação do sistema elétrico.

OCU pede indemnizações aos utentes e explicações

A Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU) criticou o atraso nas explicações sobre as causas do apagão de 28 de abril e lamenta a ausência de medidas compensatórias para os afetados. Segundo a organização, o relatório apresentado na terça-feira pela comissão de análise "carece de valor jurídico", o que complica a possibilidade de os consumidores reclamarem indemnizações.

A OCU recorda que o apagão teve consequências diretas para milhares de famílias e pequenas empresas, como perdas de alimentos, avarias de aparelhos e despesas suplementares. Em resposta, a associação lançou uma campanha para esclarecer o que aconteceu, clarificar as responsabilidades e exigir uma verdadeira indemnização aos cidadãos.

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