Voo de repatriamento que aterrou no aeródromo de Figo Maduro, na quinta-feira, trouxe 69 pessoas, 48 das quais cidadãos portugueses.
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O voo de repatriamento que transportou 69 pessoas de Israel aterrou na quinta-feira ao final da tarde, por volta das 19h45, no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa.
Entre os passageiros, 48 são cidadãos portugueses, enquanto os restantes 21 são de várias nacionalidades, incluindo espanhola, alemã ou ucraniana.
Era visível a felicidade que sentiam por poderem finalmente pisar chão seguro.
“É um alívio, depois de tantas horas, tantas esperas e tantos postos de controlo de segurança por que passámos, é um alívio chegar a Portugal”, confessou Heitor Nunes.
“Recebíamos sempre um aviso para irmos para o abrigo e tínhamos de lá ficar até sermos autorizados a sair", conta Heitor sobre os dias de guerra vividos em Israel.
A Força Aérea Portuguesa esteve envolvida na operação de repatriamento, coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Saímos de Telavive na terça-feira às 06:30, fomos de carro até à fronteira com o Egito. Em Sharm el-Sheikh, a Força Aérea Portuguesa tem um C-130 que nos trouxe para Chipre. Passámos lá a noite e hoje regressámos num voo da TAP", explicou Nelson Bensabat, outro cidadão português repatriado.
O governo português anunciou esta semana o encerramento temporário da embaixada do país em Teerão, capital do Irão, e as operações de repatriamento do Médio Oriente.
"Este primeiro grupo era constituído por aqueles que manifestaram essa intenção. Não está previsto nenhum voo adicional. Mas estamos convencidos de que poderá haver outras retiradas", clarificou Emídio Sousa, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que recebeu o grupo de cidadãos no aeródromo de Figo Maduro.
"Ninguém deixará de entrar em Portugal se não tiver um visto", garantiu o governante.
Mais de 400 cidadãos da União Europeia já foram retirados de Israel após o encerramento do espaço aéreo israelita. Além de Portugal, são de países como a Eslováquia, a Lituânia, a Grécia e a Polónia.
Os voos foram apoiados pela Comissão Europeia.