O plano norte-americano de 20 pontos exige a retirada das tropas israelitas de Gaza, após o desarmamento do Hamas e o envio de uma força de segurança internacional.
O primeiro-ministro português recorreu à rede social X para saudar o plano acordado por Donald Trump e Benjamin Netanyahu para acabar com a guerra em Gaza. Luís Montenegro garantiu que Portugal apoia a iniciativa que "pode ser o ponto de partida para uma paz justa e duradoura".
"A abertura do primeiro-ministro israelita, o envolvimento de parceiros árabes e europeus, a recetividade da comunidade internacional são sinais de esperança. Portugal apoia esta iniciativa, que pode ser o ponto de partida para uma paz justa e duradoura para ambos os povos", lê-se na publicação de Luís Montenegro.
O plano norte-americano de 20 pontos prevê a criação de um conselho de administração temporário que será presidido por Trump e que incluirá o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair, e exige a retirada das tropas israelitas de Gaza após o desarmamento do Hamas e o envio de uma força de segurança internacional.
Todos os reféns terão de ser libertados dentro de 72 horas após Israel aceitar o plano, enquanto Telavive terá de libertar palestinianos que cumprem penas perpétuas nas suas prisões, bem como detidos de Gaza desde o início da guerra.
Donald Trump mostrou-se confiante com o fim da guerra em Gaza, durante a visita de Benjamim Netanyahu à Casa Branca, na segunda-feira. "Acho que estamos muito próximos", disse o líder dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro israelita concordou com o plano norte-amerciano de 20 pontos, mas este ainda tem de ser aprovado pelo Hamas. Uma fonte próxima do grupo militante garantiu que este tinha sido informado sobre o plano, e que estava à espera de receber uma oferta oficial dos mediadores egípcios e do Qatar para tomar uma decisão.
Portugal reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, no passado dia 21 de setembro, num anúncio feito pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Rangel sublinhou que a decisão de reconher o Estado da Palestina "não apaga a catástrofe humanitária em curso, mas pretende contribuir para a solução de dois Estados, reiterando também o direito de Israel à existência e às suas necessidades de segurança, bem como a condenação dos ataques terroristas de 7 de outubro e do Hamas", pode ler-se no comunicado oficial do Governo de Portugal.