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PSD vence autárquicas, PS respira de alívio no segundo posto e Chega fica aquém

Carlos Moedas conseguiu garantir a reeleição em Lisboa, mas deixou escapar maioria absoluta
Carlos Moedas conseguiu garantir a reeleição em Lisboa, mas deixou escapar maioria absoluta Direitos de autor  Flickr/PSD
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De Joana Mourão Carvalho
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Montenegro reclamou "vitória extraordinária" do PSD, após conquista dos cinco maiores municípios do país. PS recuperou capitais de distrito e não repetiu "desaire eleitoral" das legislativas.

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Portugal foi chamado às urnas no domingo e deu a vitória destas eleições autárquicas ao PSD. "Objetivamente, somos os vencedores", referiu o líder do partido, Luís Montenegro, em reação aos resultados.

Tendo agora mais presidentes de Junta e de Câmara do que o PS, os sociais-democratas estão agora em condições de presidir à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e à Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).

A vitória é mais expressiva por o PSD ter conquistado grandes centros urbanos como Sintra e Vila Nova de Gaia ao PS e ter saído vitorioso na batalha pelas presidências das câmaras de Lisboa, do Porto e de Cascais. Sozinho e em coligação, conseguiu entre 134 e 135 câmaras.

Nas mais recentes vitórias autárquicas do PSD, o partido esteve na oposição. "Não vou dizer que é um resultado histórico, mas é extraordinariamente relevante", realçou Luís Montenegro.

O líder do PSD salientou que os sociais-democratas lideram atualmente as duas Regiões Autónomas e são também o maior partido na Assembleia da República.

"Isso dá-nos uma grande responsabilidade, a responsabilidade de não falhar, a responsabilidade de traduzir em decisões concretas, em objetivos e em resultados, aquilo que é a confiança que recebemos do povo", afirmou, assegurando que não irá desperdiçar "a expressão de um caminho de estabilidade, de confiança".

Como consolo, o PS obteve duas vitórias históricas em Viseu e em Bragança, dois bastiões do PSD, e conquistou a "hegemonia" no Algarve (11 autarquias), onde o Chega apostou forte, mas sem sucesso.

Para José Luís Carneiro, "o PS voltou como grande partido de alternativa política ao Governo".

"Para aqueles que entendiam que o PS estava numa perda definitiva de representatividade na sociedade portuguesa, o PS mostrou vitalidade e os portugueses voltaram a confiar no PS", afirmou perante os resultados desta noite eleitoral que deram ao partido o segundo lugar.

Ainda assim, o secretário-geral socialista assumiu a derrota na ANMP, cuja liderança o partido detinha desde 2013.

Já o Chega, após ter vencido 60 concelhos nas eleições legislativas, não foi além das três autarquias, embora tenha conseguido eleger inúmeros vereadores.

André Ventura garantiu que o seu partido tornou-se um "partido de responsabilidade autárquica na liderança de câmaras municipais", mas também uma força que pode fazer a diferença ao "desbloquear maiorias" e "desempatar" votações. 

Além do "fenómeno" do Entroncamento, como descreveu Ventura, o Chega conseguiu vencer as eleições autárquicas em Albufeira e em São Vicente, esta última a primeira vitória autárquica do partido na noite eleitoral.

André Ventura reconheceu que não foi "a vitória e a amplitude de vitória" que esperava e que queria ter conseguido um número maior de autarquias.

"Eu sempre disse que não há partidos de poder sem serem partidos autárquicos. Hoje demos esse primeiro passo, mas ainda estamos longe dos objetivos a que nos tínhamos proposto. Este partido já não luta para ficar em segundo nem em terceiro, este partido luta para vencer. Hoje não vencemos, mas vamos lutar para vencer", prometeu.

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