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"Os americanos acreditam em tudo o que Putin diz", afirma o antigo general Riho Terras à Euronews

Riho Terras, eurodeputado estónio, numa conferência sobre os relatórios 2023 e 2024 da Comissão Europeia, 7 de maio de 2025
Riho Terras, eurodeputado estónio, numa conferência sobre os relatórios 2023 e 2024 da Comissão Europeia, 7 de maio de 2025 Direitos de autor  © European Union 2025
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De Vincenzo Genovese
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Em entrevista ao programa matinal da Euronews, Europe Today, o eurodeputado Riho Terras (PPE), que também foi general do exército estónio, afirmou que "os europeus não compreendem a urgência da situação. Não se trata apenas da Ucrânia".

"Os americanos acreditam em tudo o que Putin diz", disse o eurodeputado estónio Riho Terras (PPE) ao programa matinal Europe Today da Euronews, em Estrasburgo.

Na sua opinião, o plano de paz de 28 pontos promovido pela administração norte-americana é "um plano russo para fazer a Ucrânia capitular" e o presidente dos EUA, Donald Trump, está "a uma semana de tirar tudo a Putin".

"Estou muito surpreendido com o facto de Donald Trump ser um moço de recados do plano de capitulação de Putin", disse Terras.

Na semana passada, uma fuga de informação sobre um acordo de paz considerado demasiado favorável a Moscovo suscitou preocupações entre os europeus.

O plano, que foi reformulado, mas não finalizado, exigia uma redução do exército ucraniano, amplas concessões territoriais e a imposição a Kiev de um veto de adesão à NATO, entre outras condições vistas como semelhantes à capitulação.

Representantes do governo dos EUA, liderados pelo secretário de Estado Marco Rubio, funcionários ucranianos e uma delegação europeia reuniram-se no domingo em Genebra para discutir alterações ao plano. Os europeus esperam que o seu contributo permita ganhar tempo a Kiev e influenciar Trump na sua direção.

Na quarta-feira, em Estrasburgo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou para o facto de o "manual russo" de agressão não ter mudado e de a Ucrânia poder ser apenas o início.

Para ajudar Kiev, que vai precisar de financiamento adicional no próximo ano, os europeus estão a debater a emissão de um empréstimo de reparação sem precedentes, indexado aos ativos russos congelados na Bélgica.

Fontes disseram à Euronews que a Comissão está a preparar um novo trabalho jurídico para garantir que a proposta possa ter luz verde das autoridades belgas, uma vez que o país detém os ativos. O documento poderá ser publicado já na quinta-feira.

A frustração com a falta de progressos por parte dos belgas é cada vez maior.

Em reação, o eurodeputado Terras afirmou: "Já estamos demasiado atrasados, temos de iniciar o financiamento muito rapidamente".

"Não me digam que a UE, com uma população de 500 milhões de pessoas e um PIB de 29 biliões de euros, não é capaz de apoiar a Ucrânia com um montante muito inferior".

De acordo com Terras, "os europeus não compreendem a urgência da situação. Não se trata apenas da Ucrânia".

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