O Parque Nacional de Nairobi, no Quénia, instalou dispositivos de geolocalização em leões.
Vamos monitorizar os movimentos dos animais e levar a cabo ações preventivas para que eles não saiam do parque.
O Parque Nacional de Nairobi, no Quénia, instalou dispositivos de geolocalização em leões. O objetivo do projeto é poder lançar o alerta quando os animais se aproximam das zonas onde vivem humanos.
No ano passado, o serviço de proteção da vida selvagem do Quénia foi obrigado a abater um leão que se aproximou de uma aldeia.
“Os leões começaram a sair do parque e por isso tivemos de abater um leão para proteger a vida humana. Se continuarmos assim, mataremos todos os leões. Por isso, decidimos colocar uma coleira, é uma forma de ação preventiva. Vamos monitorizar os movimentos dos animais e levar a cabo ações preventivas para que eles não saiam do parque”, explicou Steve Njumbi, diretor da IFAW-East Africa.
De acordo com a organização de proteção da vida selvagem, a construção de uma nova estrada na região perturbou a vida dos leões, levando-os a procurar novos locais de caça.
“O Parque Nacional de Nairobi tem 117 quilómetros quadrados e entre 23 a 25 leões. Nesta fase, seis leões vão receber um colar, o equipamento já tinha sido colocado em cinco animais, o que faz um total de onze leões. Vamos obter informações sobre os movimentos dos animais quando saem do parque”, acrescentou o responsável.
Estima-se que existam apenas dois mil leões no Quénia. Em 2015, a União Internacional para a Conservação da natureza inclui o leão na lista vermelha dos animais em risco de extinção devido à ação dos seres humanos.
A caça ilegal e a venda dos ossos para a medicina tradicional são algumas das causas da drástica diminuição da população de leões em África, nas últimas décadas.