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Albânia proibe TikTok durante um ano. A rede social é acusada de incitar à violência e ao bullying entre os jovens

O logótipo do TikTok é apresentado num telemóvel em frente a um ecrã de computador em Boston, 14 de outubro de 2022
O logótipo do TikTok é apresentado num telemóvel em frente a um ecrã de computador em Boston, 14 de outubro de 2022 Direitos de autor  Michael Dwyer/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Michael Dwyer/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Euronews com AP
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Os pais albaneses têm-se mostrado cada vez mais preocupados com relatos de crianças que levam facas e outros objetos para a escola para os usarem em brigas ou casos de bullying promovidos por conteúdos que vêem na plataforma.

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O primeiro-ministro da Albânia anunciou que o governo vai encerrar o serviço de vídeo TikTok durante um ano, acusando-o de incitar à violência e ao bullying, especialmente entre as crianças.

As autoridades albanesas realizaram 1300 reuniões com professores e pais na sequência da morte de um adolescente, em meados de novembro, que foi esfaqueado por outro jovem após uma discussão que alegadamente teve início naquela rede social dedicada à publicação de pequenos vídeos.

O primeiro-ministro Edi Rama, numa reunião com professores e pais, afirmou que o TikTok "será totalmente encerrado para todos. Não haverá TikTok na República da Albânia".

Rama disse que o encerramento começaria no próximo ano, mas não especificou uma data.

O TikTok, numa resposta por correio eletrónico a um pedido de comentário, pediu "esclarecimentos urgentes ao governo albanês" sobre o caso do adolescente esfaqueado.

O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, dá uma conferência de imprensa após a Cimeira da Comunidade Política Europeia em Budapeste, 7 de novembro de 2024
O primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, dá uma conferência de imprensa após a Cimeira da Comunidade Política Europeia em Budapeste, 7 de novembro de 2024 Denes Erdos/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

A empresa disse que "não encontrou provas de que o agressor ou a vítima tivessem contas no TikTok e vários relatórios confirmaram que os vídeos que levaram a este incidente estavam a ser publicados noutra plataforma e não no TikTok".

As crianças albanesas constituem o maior grupo de utilizadores do TikTok no país, de acordo com investigadores nacionais.

Tem havido uma preocupação crescente por parte dos pais albaneses após relatos de crianças que levam facas e outros objetos para a escola para os usarem em brigas ou casos de bullying promovidos por conteúdos que vêem no TikTok.

Os conteúdos do TikTok na China, onde está sediada a empresa-mãe ByteDance, são diferentes, "promovendo como estudar melhor, como preservar a natureza e assim por diante", de acordo com Rama.

A Albânia é um país demasiado pequeno para impor ao TikTok uma alteração do seu algoritmo de modo a não promover "a reprodução do inferno interminável da linguagem do ódio, da violência, do bullying, etc.", escreveu o gabinete de Rama.

As autoridades criaram uma série de medidas de proteção nas escolas, começando por uma maior presença policial, programas de formação e uma cooperação mais estreita com os pais.

O logótipo do TikTok é apresentado num telemóvel em frente a um ecrã de computador em Boston, 14 de outubro de 2022
O logótipo do TikTok é apresentado num telemóvel em frente a um ecrã de computador em Boston, 14 de outubro de 2022 Michael Dwyer/Copyright 2023 The AP. All rights reserved

Rama disse que a Albânia vai acompanhar a reação da empresa e de outros países ao encerramento temporário, antes de decidir se autoriza a empresa a retomar as suas atividades na Albânia.

Mas nem toda a gente concordou com a decisão de encerrar o TikTok.

"A decisão ditatorial de encerrar a plataforma de redes sociais TikTok é um ato grave contra a liberdade de expressão e a democracia", afirmou Ina Zhupa, deputada do Partido Democrático, na oposição.

"É um ato puramente eleitoral e um abuso de poder para suprimir as liberdades".

A decisão da Albânia surge depois de vários países europeus, incluindo a França, a Alemanha e a Bélgica, terem introduzido restrições ao acesso das crianças às redes sociais.

Em novembro, a Austrália deu um passo em frente, proibindo totalmente as redes sociais para todos os jovens com menos de 16 anos.

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