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Europeus preferem equilíbrio entre a vida pessoal e trabalho, enquanto a Ásia se foca na carreira

Estudo mostrou diferenças na cultura de trabalho
Estudo mostrou diferenças na cultura de trabalho Direitos de autor  Donogh McCabe
Direitos de autor Donogh McCabe
De Liv Stroud
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Estudo destaca diferentes atitudes relativamente ao trabalho. A presidente da empresa responsável pelo estudo diz que os líderes europeus devem abordar os novos desafios laborais.

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O Sul Global está mais satisfeito com o equilíbrio entre vida profissional e pessoal do que os países da União Europeia, de acordo com um novo estudo.

O estudo, chamado O Significado do Trabalho, foi realizado pela Amrop, uma consultora global de liderança e recrutamento executivo. Cerca de 8.000 pessoas participaram, de países como a Alemanha, França, Polónia, Reino Unido, EUA, China, Índia e Brasil.

Os inquiridos da Alemanha, França e Polónia relataram uma satisfação com o equilíbrio profissão e trabalho inferior a 50%. A Índia registou uma satisfação de 73,3% e os Estados Unidos de 59,9%, apesar de terem padrões regulatórios de trabalho mais baixos.

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A presidente da Amrop, Annika Farin, diz, em entrevista à Euronews, que ficou sobretudo surpreendida pela "falta de vontade" dos europeus em assumir cargos de responsabilidade e a falta de desejo de entrar em papéis de liderança, quer nos negócios, quer na política. Considera mesmo que é um alerta para os líderes europeus.

"Devemos levar isto a sério e fazer algo a respeito em conjunto", diz Farin.

Com o desenvolvimento da inteligência artificial e as mudanças demográficas - como a entrada da geração Baby Boomer na reforma e da geração Z no mercado de trabalho - as sociedades vão enfrentar muitas mudanças.

"Acho que não podemos subestimar o que está por vir. Se olharmos para a demografia, vemos o que vai acontecer. Vamos precisar de mais pessoas nos nossos países", diz Farin, pedindo mais inovação relativamente à migração.

"O que gostei no estudo, e fiquei surpreendida de uma forma positiva, é que parece que um país como a Alemanha ainda é um destino atrativo para outras geografias e países vizinhos", afirma.

De acordo com o estudo, os Estados Unidos (33%) são a principal escolha global em termos de condições de trabalho atrativas, graças ao forte mercado de trabalho, salários altos e diversidade de setores. A Alemanha fica em segundo com 22%, à frente do Canadá e do Reino Unido, ambos com 21% das preferências globais dos trabalhadores.

"Devemos ver isso como uma oportunidade, porque isto também pode desaparecer", avisa Farin.

O estudo também mostra que países e grupos etários estão unidos pela motivação de trabalhar baseada num bom salário e em funções interessantes. A reforma é um tema muito polémico nos países europeus, já tendo gerado grandes protestos em França e alimentado o debate político na Alemanha.

"Um dos temas que realmente temos de falar, e sei que nem sempre é popular, é que as pessoas podem ter de trabalhar mais tempo, pelo menos em alguns países, particularmente nos mercados europeus."

Farin sugere criar medidas, como impostos mais baixos para pensionistas que continuem a  trabalhar. Também defende novos projetos nos media e na sociedade para reduzir a distância entre as gerações mais velhas e mais jovens.

O estudo também revela que os países do Sul Global mostram um maior interesse por papéis de liderança.

76% dos inquiridos indianos e 66% dos brasileiros têm como o objetivo de assumir cargos de liderança ou de serem empreendedores. Comparativamente, apenas 36% na Alemanha e 37% na França partilham esta ambição.

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