Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

França torna-se o único país do mundo a incluir o direito ao aborto na Constituição

Com a consagração do direito ao aborto na Constituição será mais difícil revertê-lo como aconteceu noutros países
Com a consagração do direito ao aborto na Constituição será mais difícil revertê-lo como aconteceu noutros países Direitos de autor  AP Photo/Michel Euler
Direitos de autor AP Photo/Michel Euler
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

O parlamento francês aprovou o projeto de lei que prevê a inclusão da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) na Constituição, algo sem paralelo no mundo.

PUBLICIDADE

Os membros das duas câmaras do parlamento francês aprovaram esta segunda-feira, em Congresso em Versalhes, a inclusão da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) na Constituição, algo sem paralelo no mundo.  

O projeto de lei foi aprovado com uma maioria expressiva dos deputados e senadores, com 780 votos a favor e 72 contra.

O texto, que já tinha sido aprovado pelo Senado e Assembleia Nacional, introduz uma alteração ao artigo 34.º da Constituição francesa passando a garantir "a liberdade das mulheres de recorrer à interrupção voluntária da gravidez".

Com esta alteração, impulsionada pela maioria simples de Emmanuel Macron, o país passa a ser o único no mundo a prever o aborto como um direito constitucional.

Existe apenas um precedente histórico de inclusão do aborto numa Carta Magna, na Constituição de 1974 da extinta Jugoslávia (1918-1992).

Em França, o direito ao aborto existe desde 1975. Contudo, e face à regressão clara noutros países, como aconteceu nos Estados Unidos, na Polónia e na Hungria, a garantia do aborto como um direito constitucional protegerá as mulheres do país da eliminação do direito ao aborto através de uma lei ordinária promovida por uma potencial maioria reacionária.

O primeiro-ministro francês saudou a decisão parlamento, sublinhando que este é mais um passo no caminho para a igualdade.

"Ainda estamos muito longe do fim do caminho. Mas, passo a passo, a igualdade está a aproximar-se. Ao garantir a liberdade de interromper uma gravidez na nossa Constituição, estamos a dar uma segunda vitória a Simone Weil e a todos aqueles que prepararam o caminho. Acima de tudo, estamos a enviar uma mensagem a todas as mulheres, o vosso corpo pertence-vos e ninguém tem o direito de dispor dele no vosso lugar", declarou Gabriel Attal.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Comício de Biden sobre aborto interrompido por manifestantes pró-Palestina

Nova ferramenta de IA pode prever os riscos para a saúde cardíaca das mulheres através de mamografias

Estudo conclui que medicamentos para perda de peso, como o Ozempic, são eficazes em crianças e adolescentes. Mas será que devem tomá-los?