Um novo rosto para Scópia

Um novo rosto para Scópia
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Este ano, os macedónios celebram o 20º aniversário da independência em relação à antiga Jugoslávia. No primeiro, de uma série de três programas, estamos em Scópia para descobrir mais sobre uma nação em movimento.

Na capital, as pessoas testemunham uma profunda transformação. Depois de muito debate público, o governo lançou um grande projeto de construção. Alguns dos novos edifícios públicos, incluindo um tribunal e um museu, não vão parecer modernos, os arquitetos procuraram um estilo no passado.

Lucija Kirovska, arqueóloga e historiadora explica:

“Olhando, em retrospetiva, para as coisas, Scópia está a ser reconstruída a um ritmo muito rápido, num estilo retro, que não é, tipicamente, algo que encontramos noutras cidades europeias”.

Mas a capital também tem a quota-parte de edifícios modernos, muitas estruturas datam dos anos 60, altura em que teve que ser reconstruída depois de um devastador terramoto.

Madre Teresa, nascida aqui, foi homenageada com esta casa que se espera-se esteja totalmente remodelada em 2014.

“Os meus avós disseram-me que, antes do terramoto, Scópia era mais bonita do que é agora. Por isso, com tudo isto que o governo e a cidade estão a construir – estou a falar da renovação que está a ser feita – estão a tentar dar o mesmo ar a Scópia, tal como era há 50 anos, mas dando um sentido mais moderno a tudo”, comenta Dimitar Antanasovski, um apresentador de televisão e rádio.

Há estátuas por todo o lado… a maioria delas novas criações… mas, mesmo assim, parecendo antigas.

A ênfase aqui parece estar em preservar os estilos do passado, mas ao mesmo tempo mostrar Scópia como uma cidade moderna que forja uma nova identidade.

Mas nem tudo é assim tão recente. Um dos marco mais proeminentes, no centro da cidade, tem uma história rica com centenas de anos.

Lucija Kirovska, leva-nos numa viagem pelo passado:

“Estamos na Ponte de Pedra, um lugar que une o lado esquerdo e o direito da cidade. A ponte foi mencionada pela primeira vez em 1376 nos escritos do Czar Dusan”.

E nesta ponte que encontramos o velho bazar, popular para os habitantes e para os turistas. É um mercado de ruas estreitas que datam do período Otomano.

Os habitantes locais têm uma paixão por café, daí que os cafés tenham feito sempre parte da ambiência da cidade.

Os arquitetos da cidade afirmam querer encontrar o equilíbrio certo para alcançar a harmonia.

“Se respeitarmos as pessoas que vivem aqui, estou a falar dos macedónios, albaneses, turco e as outras nacionalidades, vivermos numa cultura multi-étnica e trabalharmos juntos, teremos uma vida agradável”, adianta Dimitar Antanasovski.

Há, também uma ênfase crescente no desporto e nas atividades de lazer, uma forma de fugir da azáfama da vida urbana. Matka Canyon é um dos locais mais populares.

E depois do Sol se pôr, a cidade transforma-se. A vida noturna é, cada vez mais, uma forma de descomprimir.

Para garantir que todas as pessoas beneficiam da transformação, os habitantes locais entenderam a necessidade do seu país ter um motor empresarial forte.

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