Como será o futuro das viagens dentro de 50 anos?

O check-in e a segurança no aeroporto serão cada vez mais sofisticados e sem filas.
O check-in e a segurança no aeroporto serão cada vez mais sofisticados e sem filas. Direitos de autor Marco Lopez
Direitos de autor Marco Lopez
De  Rebecca Ann Hughes
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Especialistas fazem antevisão do futuro da indústria do turismo

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Se o sistema biométrico de Entrada e Saída da Europa (que deve entrar em vigor no final de 2023) parece hi-tech, as previsões de como serão as viagens dentro de cinquenta anos são praticamente tema de filmes de ficção científica.

A companhia aérea de baixo custo easyJet pediu a um painel de especialistas - incluindo académicos, futurologistas e consultores de negócios - para antever como serão as viagens em 2070.

As descobertas, divulgadas no relatório "2070: The Future Travel Report” da companhia aérea, fazem previsões sobre como escolher e reservar as suas férias, o aeroporto, a experiência de voo e o alojamento.

Dos passaportes de "assinatura cardíaca" a guarda-roupas de férias impressos em 3D, segue-se uma lista do que podemos esperar nas viagens do futuro.

Como as pessoas vão reservar as férias no futuro?

Em vez de folhear uma brochura ou percorrer o Instagram à procura de inspiração, em 2070 escolher um destino de férias será uma experiência Meta.

“Assim como se experimentam roupas numa loja atualmente [...], os clientes poderão explorar e experimentar destinos de férias no metaverso online antes de fazer uma compra”, diz a professora Birgitte Andersen, diretora-executiva do Big Innovation Centre.

Será possível usar experiências de realidade virtual para "experimentar antes de comprar."

“Isso beneficiará quem tem tempo ou opções financeiras limitadas e precisa de fazer uma escolha melhor e informada”, acrescenta Andersen.

Como serão as viagens aéreas no futuro?

Os especialistas preveem que as viagens do futuro serão muito mais suaves e rápidas, com conexões rápidas de transporte para os aeroportos.

“85% dos viajantes em muitos países chegarão de transporte público elétrico, incluindo veículos autónomos”, diz Patrick Dixon, presidente da Global Change Ltd.

Poderá até mesmo chegar-se ao aeroporto via e-VTOL - táxis aéreos elétricos que o levam de casa para o aeroporto. “Pelo menos 250 empresas já estão a desenvolver esses veículos”, explica.

O check-in e a segurança no aeroporto tornar-se-ão cada vez mais sofisticados - e sem filas. Ao entrar no prédio, o software de reconhecimento facial irá identificá-lo e combiná-lo com o voo reservado.

Em termos de bagagem, é possível que não precise de nenhuma. “Em vez de levar roupas nas férias, tudo o que precisará serão as suas medidas”, refere o professor Graham Braithwaite, diretor de Sistemas de Transporte da Cranfield University.

Ao chegar ao seu destino, haverá um serviço de roupas recicláveis que imprime em 3D o seu guarda-roupa.

Como serão os aviões no futuro?

Conforto e personalização caracterizarão as aeronaves do futuro. “O design biomimético – a copiar as eficiências encontradas na natureza – revolucionará os assentos e o conforto das aeronaves”, diz a consultora Melissa Sterry.

“A inovação na ciência dos materiais também levará a criação de materiais mais leves, porém mais fortes, para uma experiência de conforto feita à medida, ao mesmo tempo em que se mantém a segurança.”

Como serão os passaportes no futuro?

O reconhecimento facial e os passaportes biométricos já estão a ser usados, mas até 2070 os especialistas estimam que toda a documentação de emissão de bilhetes e identidade será digital.

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Os dados biométricos dos passageiros - como impressões digitais e verificações de retina - serão armazenados numa base de dados global.

Também pode incluir o batimento cardíaco, já que a "assinatura cardíaca" de cada pessoa é única.

Como serão os hotéis do futuro?

Quando se trata de hotéis, os especialistas anteveem carros sem motorista para embarque no aeroporto e um concierge pessoal holográfico digital.

A decoração do quarto de hotel será personalizável de acordo com o seu gosto. “Pense no próprio hotel como um único organismo humano de inteligência artificial que controla todos os aspetos da sua estadia, personalizado de acordo com as suas preferências”, diz o analista de tendências Shivvy Jervis.

“Um assistente de quarto virtual digital irá cumprimentá-lo e ajudá-lo com qualquer coisa, desde pedir uma toalha nova até sugerir um lugar para comer e fazer uma reserva.”

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