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Estância balnear romena regista declínio acentuado no número de turistas

Veraneantes na praia de Mamaia, cidade costeira romena do Mar Negro, a 15 de julho de 2025
Veraneantes na praia de Mamaia, cidade costeira romena do Mar Negro, a 15 de julho de 2025 Direitos de autor  Euronews
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De Malek Fouda
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O declínio é provavelmente o resultado da decisão do governo de reduzir o valor dos vales de férias que eram utilizados pelos turistas para pagar alojamento em hotéis, comida, bebida, atividades e entretenimento.

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De acordo com os últimos dados do Eurostat, no ano passado, apenas 26,6% dos romenos puderam pagar uma semana de férias, no país ou no estrangeiro.

Na Europa, só a Bulgária se aproximou deste número, enquanto outros vizinhos continentais da Europa Ocidental e do Norte registaram valores muito mais elevados.

Em média, cerca de 85% dos cidadãos da Suécia, do Luxemburgo e dos Países Baixos podiam gozar uma semana de férias anuais.

Isto traduziu-se num declínio acentuado do turismo na Roménia, como na outrora movimentada estância balnear de Mamaia, no Mar Negro, que agora parece um esqueleto do que foi, com centenas de espreguiçadeiras vazias.

"Podemos ver claramente, não é preciso ser um perito para perceber. Se verificarmos quanto ganhámos no ano passado, no mesmo dia, e quanto ganhámos este ano, no mesmo dia, verificamos que houve uma diminuição de cerca de 30 a 35%", diz Răzvan Chițan, gerente de um hotel em Mamaia.

Por que razão há menos pessoas a visitar a estância romena de Mamaia, no Mar Negro?

O declínio do número de turistas é resultado de vários fatores, desde a guerra na Ucrânia até às preocupações económicas.

No entanto, uma das principais é a decisão de Bucareste de reduzir em 50% o valor dos populares cupões de férias.

Estes vales podem ser usados para pagar o alojamento em hotéis, comida e bebida e eventos de entretenimento nos locais aderentes dentro do país, e têm como objetivo reforçar o turismo local.

Os agentes de viagens afirmam que, em maio de 2024, foram vendidos cerca de 95 milhões de euros em vales de férias, mas este ano apenas foram vendidos 9 milhões de euros.

Os hoteleiros da região dizem que o declínio foi grave, colocando uma séria pressão sobre os seus negócios.

"As reservas não são feitas para mais de dois ou três dias, porque os turistas são menos numerosos", afirma Felicia Simion, hoteleira em Mamaia.

"Na nossa unidade, um quarto com pequeno-almoço custa 350-400 Leu (69-79 euros) em julho, com pequeno-almoço e espreguiçadeiras incluídas. E o pacote com tudo incluído varia entre 700-850 Leu (138-168 euros) por noite, com tudo incluído, espreguiçadeiras, bebidas durante todo o dia", diz Sebastian Puznava, também hoteleiro.

Os preços subiram em flecha

A diminuição do número de turistas afeta sobretudo os hotéis de duas e três estrelas, onde a maioria das estadias é paga com os cheques de férias.

Mas os turistas também dizem que os preços dispararam nos últimos tempos, o que também contribui para a diminuição das reservas.

"Muito caro, muito caro em comparação com os anos anteriores", disse um dos turistas, Cătălin Ciobanu. Habituado a fazer férias no local desabafou que os preços aumentaram todos. "Desde uma garrafa de água até à famosa cerveja de litro", diz.

No mês passado, a maior parte das reservas nas estâncias balneares foram feitas para os fins-de-semana, enquanto que nos anos anteriores, as pessoas ficavam muitas vezes uma semana ou mais.

Este ano, a maioria dos turistas também optou por ofertas de última hora para maximizar as poupanças e o valor.

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