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Furacão Melissa: Jamaica apressa-se para reabrir época alta do turismo em dezembro

A Jamaica espera que as suas estâncias balneares, sempre populares, reabram em meados de dezembro
A Jamaica espera que as suas estâncias balneares, sempre populares, reabram em meados de dezembro Direitos de autor  Meg von Haartman/Unsplash
Direitos de autor Meg von Haartman/Unsplash
De Craig Saueurs & AP News
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Os aeroportos estão em pleno funcionamento, enquanto os portos de cruzeiros prevêem o regresso à normalidade em meados de dezembro.

A Jamaica está determinada a receber os turistas de inverno este ano.

O furacão Melissa devastou a parte ocidental da ilha no final de outubro, destruindo comunidades e interrompendo as viagens antes da temporada mais importante do ano. As autoridades jamaicanas, bem como os empresários, estão agora com pressa para reconstruir e restaurar as propriedades danificadas.

A tempestade de categoria 5 atingiu a ilha a 28 de outubro e deixou para trás litorais devastados, hotéis danificados e falta de eletricidade em quase metade da ilha. Mesmo assim, o ministro do Turismo, Edmund Bartlett, referiu esperar que o setor do turismo da Jamaica volte ao normal até 15 de dezembro, o início da época alta turística da ilha.

"Cada membro afetado está a fazer todos os possíveis para se reestabelecer e voltar a operar", disse à AP Christopher Jarrett, que lidera a Associação de Hotéis e Turismo da Jamaica.

Cidades na costa da Jamaica esperam recuperar rapidamente

Conhecida pelas suas águas azul-turquesa e refúgios tranquilos, o oeste da Jamaica sofreu o maior impacto da tempestade, mas os operadores já começaram a reconstruir os telhados dos edifícios e a limpar as praias.

Jarrett indicou que a cidade de Negril conseguiu evitar grandes danos estruturais e estará entre as que se recuperarão mais rapidamente.

Acrescentou ainda que muitos hotéis em locais turísticos como Kingston e Ocho Rios também receberam o apoio de trabalhadores humanitários e voluntários, ajudando a manter as pessoas empregadas.

"Neste momento, estamos a oferecer descontos entre 25% e 50%, e alguns hotéis estão a oferecer estadias gratuitas também", mencionou.

Outros hotéis terão um caminho mais longo para retomar as operações.

A Sandals and Beaches Resorts, operadora de oito resorts na ilha, anunciou planos para manter três das suas propriedades fechadas para reparações até ao final de maio.

As outras cinco, incluindo as estâncias Sandals and Beaches em Negril e Ocho Rios, deverão abrir a partir de 6 de dezembro, uma vez concluídos os trabalhos de recuperação.

Navios de cruzeiro com mantimentos, em vez de turistas

Os portos de cruzeiro da Jamaica também estão a voltar a operar, mas ainda não para os viajantes.

Um navio da Royal Caribbean chegou a Falmouth no início da semana, transportando mais de 120 paletes de material de emergência, incluindo água e artigos médicos, enquanto um navio da Carnival Cruise Line trouxe para Ocho Rios água engarrafada, comida para bebés, enlatados e produtos de higiene.

As visitas marcaram o primeiro regresso de navios de grande porte desde a tempestade.

Espera-se que os cruzeiros de passageiros voltem a operar em meados de dezembro, à medida que as companhias de cruzeiro trabalham com o governo jamaicano para garantir que os portos e as infraestruturas para os visitantes estejam prontos.

Turismo é uma atividade comercial importante na Jamaica

A pressa para regressar à normalidade pode parecer ambiciosa, mas o turismo é uma tábua de salvação crucial para os trabalhadores locais. O setor representa 30% do PIB da Jamaica, quando incluídas as atividades indiretas, e sustenta cerca de 175.000 empregos.

Além de danificar edifícios e derrubar árvores, a tempestade também afetou os meios de subsistência dos trabalhadores.

"Com alguns hotéis fechados e a maior parte dos turistas fora, muitos de nós ficámos sem trabalho. Esta tempestade não destruiu apenas edifícios; destruiu empregos e os rendimentos de muitos de nós e das nossas famílias", referiu Patricia Mighten, que trabalha na freguesia ocidental de Hanover, num hotel.

Desrine Smith, uma vendedora de artesanato que trabalha na cidade turística de Falmouth, na paróquia de Trelawny, no noroeste do país, ecoou esses sentimentos.

"Passar dias sem que os turistas venham comprar alguma coisa significa que não há vendas e não há dinheiro. Nós sobrevivemos com os ganhos diários e agora tudo é incerto", afirmou.

O que os viajantes podem esperar deste inverno

As equipas continuam a tentar aceder a 25 áreas isoladas na parte ocidental da Jamaica, enquanto os helicópteros continuam a enviar alimentos para essas zonas. Quase metade de todos os consumidores de energia continuam sem eletricidade.

À medida que o país se prepara para voltar à normalidade, algumas infraestruturas já estão a funcionar a todo o vapor. Todos os aeroportos internacionais reabriram e retomaram os voos comerciais, embora ainda sejam prováveis atrasos e alterações de última hora.

No próximo mês, os visitantes devem ainda contar com algumas obras de reparação visíveis nas zonas mais afetadas. Mas, embora a época alta possa arrancar com algumas dificuldades, a receção provavelmente será tão calorosa como de costume.

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