Cerca de 100 manifestantes pró-palestina concentraram-se perto do local onde está a realizar-se a edição 2024 do festival da canção Eurovisão, em Malmö, na Suécia. Israel está na final.
Milhares de manifestantes pró-palestinianos protestaram na cidade portuária sueca de Malmö, na quinta-feira, contra a participação de Israel no festival da canção Eurovisão.
Os manifestantes encheram a histórica praça Stortorget, perto da Câmara Municipal de Malmö, antes de uma marcha planeada pela cidade num parque perto do local onde se realiza a Eurovisão.
Eden Golan, de 20 anos, teve forte apoio da votação televisiva, contudo a representante do país hebreu foi muito vaiada em Malmö.
Com cânticos “do rio ao mar, a Palestina será livre!” e “Israel é um Estado terrorista”, os manifestantes lançaram foguetes com as cores da Palestina durante uma ruidosa e pacífica manifestação para criticar Israel e apelar a um cessar-fogo.
A presença da polícia foi grande, um helicóptero sobrevoou a manifestação e foram destacados agentes para os telhados dos edíficios circundantes ao evento.
“A Eurovisão está a decorrer aqui em Malmö e Israel faz parte da competição, e nós achamos que isso é errado. Não deviam fazer parte do concurso, tal como a Rússia não faz", disse Lorenzo Mayr, que participou no protesto com um amigo. “Deviam estar aqui a protestar pela humanidade, pelas pessoas que lá estão”.
A guerra entre Israel e o Hamas, que já matou quase 35.000 palestinianos, trouxe uma justaposição chocante à semana da Eurovisão em Malmö.
Fãs de música em trajes coloridos de lantejoulas ou envoltos nas suas bandeiras nacionais misturam-se nas ruas com apoiantes da causa palestiniana em lenços keffiyeh.
As bandeiras palestinianas são hasteadas nas janelas e varandas ao longo de uma rua pedonal que foi temporariamente rebatizada de “Rua da Eurovisão”.
Grupos pró-palestinianos planeiam marchar novamente no sábado, dia da final do festival onde Portugal também marcará presença com a cantora Iolanda.
Entretanto, o governo de Israel alertou os seus cidadãos para uma “preocupação tangível” de que os israelitas possam ser alvo de ataques em Malmö durante o concurso.