Rússia ensaia Sochi com estudantes universitários

Rússia ensaia Sochi com estudantes universitários
De  Euronews
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A magnitude do evento foi pensada à imagem das Olimpíadas que são, aliás, a inspiração original deste encontro desportivo. Quase 10 mil atletas, provenientes de cerca de 160 países, à procura de mais de 350 medalhas. São estes os números da 27ª Universíada de Verão, também conhecida como Jogos Mundiais Universitários. A cidade de Kazan, capital do Tartaristão, na Rússia, tornou claramente a cerimónia de abertura numa janela para se mostrar ao mundo.

Vladimir Leonov, diretor da organização “Kazan 2013”, aponta que “a abertura é toda uma outra questão. Há mais de dois anos que a estamos a preparar. Representa um gigantesco esforço por parte de uma enorme quantidade de gente. A essência do que mostrámos é a essência da Rússia, do Tartaristão, de Kazan. Foi tudo pensado de raiz, desde as músicas aos vídeos. Foi a primeira vez que o mundo viu algo semelhante.”

Oficialmente, o orçamento desta universíada foi de 5 mil milhões de euros, muito longe dos impressionantes 22 mil milhões que a China gastou para organizar a edição do ano passado, em Shenzhen. As competições duram duas semanas. Mas o ministro russo do Desporto salienta que o impacto em Kazan será bem duradouro. “Onde é que o dinheiro foi gasto? Em novas infraestruturas: aeroporto, ligação ferroviária entre o aeroporto e a cidade, novas estradas e acessos, três estações de metro. São coisas palpáveis. E construímos 30 recintos desportivos”, afirma Vitaly Mutko.

Kazan tornou-se num balão de ensaio para os Jogos Olímpicos de Inverno, que vão decorrer em Sochi, no próximo mês de fevereiro. Mutko explica que “o sistema de segurança, por exemplo, é controlado a nível federal, com a cooperação do comité organizador. É o modelo que vamos reproduzir. A logística dos transportes, o sistema de acreditação, a rede de serviços para os atletas, serão replicados em Sochi.”

Segundo o vice-presidente da Federação Internacional de Desporto Universitário, Stefan Berg, Kazan tem-se mostrado mais do que à altura do evento: “Passados alguns dias, posso dizer que estamos muito satisfeitos. É um evento de alto nível, com grande empenho por parte da organização, dos voluntários. As coisas estão a correr muito bem.”

As capacidades são trabalhadas continuamente, até porque esta competição pode servir de antecâmara a uma outra. O atleta britânico Ashley Watson relembra que “qualquer ginasta quer competir nos Jogos Olímpicos, é para isso que treinamos. Quando terminar os estudos, vou dedicar-me a 100% aos treinos, para tentar ir às Olimpíadas. Primeiro os campeonatos mundiais e depois o Rio de Janeiro, em 2016.”

E são objetivos fundamentados, se olharmos para o percurso de alguns dos atletas que passaram por aqui, realça Oleg Matycin, presidente da União Desportiva dos Estudantes Russos: “Nos últimos anos, houve equipas a convidar participantes das universíadas que, mais tarde, se tornaram campeões mundiais e olímpicos.”

Na verdade, a equipa de estudantes russos conta com mais de 20 campeões olímpicos. É, por isso, a favorita na corrida às medalhas. Apesar de haver quem considere que a vitória, no final de contas, pertence a Kazan.

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