O relatório da comissão senatorial dos serviços secretos norte-americanos publicado esta terça-feira é devastador para a CIA. Num discurso no senado
O relatório da comissão senatorial dos serviços secretos norte-americanos publicado esta terça-feira é devastador para a CIA.
Num discurso no senado, a chefe da comissão de inquérito à atuação da secreta, Dianne Feinstein, afirmou que o estudo demonstra que as técnicas avançadas de interrogatório não produziam resultados e que a CIA ocultou e deu informações erradas, não só à Casa Branca, bem como a todos os departamentos do governo americano e também à imprensa.
“As ações da CIA na última década são uma mancha nos nossos valores e história. A publicação deste resumo de 500 páginas não apaga essa mancha. No entanto, pode e deve dizer ao nosso povo e ao mundo que a América é grande o suficiente para admitir quando está errada e que tem confiança para aprender com os erros”, afirmou Feinstein.
Levado a cabo durante vários anos e baseado em milhões de documentos e testemunhos, o estudo refere igualmente que as chamadas técnicas avançadas de interrogatório, usadas na era George W. Bush, após os ataques do 11 de setembro, eram muito mais brutais do que foi informado antes.
Os líderes republicanos reagiram de imediato, afirmam que as técnicas da CIA deram de facto resultados e foram úteis à segurança do país.
O correspondente da Euronews em Washington, Stefan Grobe, diz que “deve a CIA ser criticada ou condecorada, como afirmou o antigo vice-presidente Cheney, o relatório despoletou uma nova batalha política interna em Washington ao longo das linhas partidárias. O tema de que a tortura resulta em mais segurança é controverso, mesmo entre os peritos.”