Pai do piloto capturado evoca o Profeta e reitera clemência ao grupo Estado Islâmico

Pai do piloto capturado evoca o Profeta e reitera clemência ao grupo Estado Islâmico
De  Francisco Marques com LUSA, EFE e Reuters
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O pai do piloto jordano capturado a 24 de dezembro pelo grupo Estado Islâmico (EI) voltou a apelar este sábado à clemência do grupo extremista. Safi

O pai do piloto jordano capturado a 24 de dezembro pelo grupo Estado Islâmico (EI) voltou a apelar este sábado à clemência do grupo extremista. Safi Youssef Al Kasasbeh evocou inclusive a celebração do aniversário do Profeta, que se assinala este sábado, para tentar sensibilizar os extremistas a não fazerem mal ao filho, o primeiro militar conhecido das forças aliadas lideradas pelos Estados Unidos a ser feito prisioneiro pelo EI.

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“Apelo aos irmãos do Estado Islâmico para considerarem o meu filho como um irmão e um colega deles na oração. Peço para que o tratem bem, que o vejam também como um filho e como um convidado neste aniversário do nascimento do profeta Maomé”, afirmou o progenitor, cujo primeiro apelo ao grupo radical havia sido feito dois dias após a captura do filho.

Este novo apelo pode, contudo, revelar-se uma faca de dois bicos. Isto porque o grupo também conhecido pela sigla inglesa ISIL é conhecido por rejeitar qualquer celebração religiosa, por entender que esta forma de adoração não passará de uma cópia dos rituais cristãos e como tal deve ser ignorada.

O caça F-16 pilotado por Muaz Kasasbeh despenhou-se em circunstâncias ainda por apurar próximo da cidade de Al Raqa, um dos bastiões do EI ou ISIL no norte da Síria, quando participava em bombardeamentos aliados contra posições dos radicais. O grupo extremista alega ter abatido o avião das forças aliadas. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos garante ter-se tratado de um acidente.

Pela internet, os radicais islâmicos divulgaram, entretanto, algumas fotografias do momento da captura e até uma alegada entrevista ao piloto jordano. No questionário, intitulado “A captura de um piloto cruzado”, o militar é interrogado sobre o funcionamento das operações da coligação internacional e sobre os países que fazem parte desta aliança contra o grupo “jihadista.”

A encerrar a entrevista, é perguntado a Muaz Kasasbeh sobre qual o destino que espera nas mãos do EI. “Vão matar-me”, terá respondido o piloto, numa entrevista cuja autenticidade ainda não está confirmada.

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