Argentina: morte de procurador que acusou presidente será suicídio?

Argentina: morte de procurador que acusou presidente será suicídio?
De  Rodrigo Barbosa com EFE / AFP / Clarín
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Milhares de pessoas saíram à rua em várias cidades da Argentina para exigir que seja esclarecida a morte do procurador Alberto Nisman, quando se

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Milhares de pessoas saíram à rua em várias cidades da Argentina para exigir que seja esclarecida a morte do procurador Alberto Nisman, quando se preparava para explicar no parlamento uma denúncia contra Cristina Kirchner.

Nisman acusava a presidente argentina de ter ajudado a encobrir o envolvimento do Irão no atentado de 1994 contra um centro judaico.

A deputada Patricia Bullrich afirmou que “o procurador disse, em várias ocasiões nos últimos dias, que poderia perder a vida por causa [deste assunto]. É um tema bastante sério e bastante duro e ele tinha consciência disso”.

O deputado e rabino Sergio Bergman defendeu, por seu lado, que “a presidente deve explicar o que está a acontecer na Argentina. Depois de ser acusada de encobrimento, temos um procurador morto”.

Nisman foi encontrado morto, no domingo, com um tiro na cabeça na sua residência de Buenos Aires. Os investigadores disseram que os resultados da autópsia apontam para um suicídio, mas explicaram que a arma usada não pertencia ao procurador e que estão agora a tentar apurar se terá sido “induzido” a pôr fim à própria vida.

Segundo Nisman, Kirchner e o chefe da diplomacia argentina tinham tentado encobrir a responsabilidade de cidadãos iranianos no atentado que fez 85 mortos e mais de 300 feridos na capital, para concretizar um acordo comercial com Teerão.

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