Argentina: Cristina Fernandez poderá testemunhar no inquérito à morte de procurador

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As questões em torno da morte do procurador argentino Alberto Nisman continuam a abalar o governo do país, quando a investigação ao caso permanece

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As questões em torno da morte do procurador argentino Alberto Nisman continuam a abalar o governo do país, quando a investigação ao caso permanece sem apurar se se tratou de um assassínio ou de um suicídio.

Centenas de pessoas realizaram ontem uma vigília, em Buenos Aires, em honra do magistrado, encontrado morto, em casa, com uma bala na cabeça, a 18 de janeiro, e que deverá ser enterrado esta quinta-feira.

Nisman tinha denunciado a implicação da presidente Cristina Fernandez no encombrimento de provas sobre um atentado contra um centro judaico em 1994, alegadamente para ilibar os responsáveis iranianos – o Irão é um importante parceiro comercial do país.

Diego Lagosmarino, o técnico de informática que forneceu a arma ao procurador, exprimiu-se ontem pela primeira vez em público:

“O procurador disse-me que não confiava em ninguém, mesmo nos guarda-costas. Estava desesperado, disse-me: ‘mesmo as minhas filhas têm medo de estar comigo pois temem que lhes aconteça alguma coisa’”.

A procuradora que investiga o caso afirmou que Lagosmarino, que incorre numa pena de até seis anos de prisão por fornecer a arma do crime, não está a ser investigado por homicídio.

O advogado de defesa do suspeito afirmou ontem que pretende convocar a presidente Fernandez a testemunhar em tribunal.

A investigação prossegue, sob uma revolta popular crescente, quando um novo painel de magistrados foi nomeado para prosseguir o inquérito de Nisman ao atentado anti-semita que provocou 85 mortos há 20 anos.

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