Na Argentina, cresce a revolta em torno da morte do procurador Alberto Nisman, que acusava a presidente Cristina Fernández de Kirchner de encobrimento num caso que remonta a 1994.
Dezenas de milhares de pessoas participaram numa marcha em Buenos Aires, em homenagem ao procurador Alberto Nisman, morto no mês passado em circunstâncias que estão por esclarecer.
Heartbreaking photos: Folks, seems there's hope for humanity & it's coming from Argentina: http://t.co/6h7YcZQNTs#18F#Nisman
— Act for Israel (@ActForIsrael) February 19, 2015
#18F#SilenzioStampa Say no more...... pic.twitter.com/VfJlpFO3tQ
— Vicha ن (@MalaVicha) February 19, 2015
Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça. O suicídio não ficou provado. O procurador estava encarregue da investigação ao atentado contra um centro comunitário judaico em 1994, que fez na altura 85 mortos. Morreu quatro dias depois de apontar o dedo à presidente Cristina Fernández de Kirchner.
Segundo Nisman, a atual presidente estaria a encobrir os iranianos responsáveis pelo atentado.
O sucessor de Nisman na investigação, Gerardo Pollicita, acusa Cristina Fernández, o ministro dos Negócios Estrangeiros Héctor Timerman e duas outras pessoas de encobrimento no caso do atentado de 1994. Uma forte dor de cabeça para a presidente argentina, no último ano de mandato.
O caso chegou ao Vaticano. Um grupo de sobreviventes do atentado e familiares das vítimas esteve, esta quarta-feira, na audiência geral com o Papa Francisco.
O Papa argentino prometeu ajudar no que for preciso, contradizendo as opiniões que o acusam de cumplicidade com Cristina Fernández.