Germanwings: Uma semana depois, os alemães continuam a interrogar-se sobre Lubitz

Germanwings: Uma semana depois, os alemães continuam a interrogar-se sobre Lubitz
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De  Dulce Dias com AFP, AP, Die Welt, EFE
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Os alemães interrogam-se sobre como é que alguém com tendências suicidas conseguiu ser contratado como piloto de linha

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Uma semana depois do despenhamento do avião da Germanwings, as autoridades alemãs tentam compreender o ato, as motivações e a personalidade do copiloto – que surge agora num vídeo antigo, dos tempos em que Andreas Lubitz se treinava para um dia ser piloto de linha.

Embora a segunda caixa negra continue por encontrar, os registos de voz da primeira não deixam lugar a dúvida: o despenhamento do avião foi um ato voluntário do copiloto.

A imprensa alemã – e nomeadamente o colunista Henryk M. Broder – compara mesmo o ato do copiloto ao 11 de Setembro e diz que é o resultado de uma sociedade que perdoa tudo e que não quer estigmatizar ninguém.

Os alemães interrogam-se sobre como é que alguém com um passado de problemas psiquiátricos e tendências suicidas conseguiu ser contratado como piloto por uma transportadora aérea.

Se os meandros da personalidade de Andreas Lubitz são ainda uma incógnita, o resultado, esse, é conhecido: a morte de mais 149 pessoas, que iam a bordo do aparelho, e cujos ADN os investigadores tentam agora identificar.

“Em função do número de corpos e de elementos de corpos que encontrarmos, a identificação pode durar, no mínimo, entre dois e quatro meses”, admite o coronel da guarda francesa, François Daoust.

Mais de 30 seguradores deverão, entretanto, partilhar os custos do despenhamento, calculado em quase 280 milhões de euros, entre as indemnizações às famílias, as operações de busca, os custos jurídicos ou o preço do próprio aparelho.

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