"Marcha dos Vivos" assinala 70 anos sobre o Holocausto.
A capital da Hungria, Budapeste, foi este domingo palco da “Marcha dos Vivos”, um evento destinado a recordar as vítimas do Holocausto.
"O Jobbik tem um papel a desempenhar que o partido Fidesz e os socialistas não exploraram", afirma Ronald S. Lauder, presidente do Congresso Mundial Judaico
Estima-se que durante a Segunda Guerra Mundial cerca de 560 milhares de judeus húngaros tenham perdido a vida, a maior parte em 1944.
A marcha teve lugar sob um pano de fundo de aumento do antisemitismo no país, movimento liderado pelo partido de extrema direita, Jobbik.
“Passei pelos campos de Auschwitz-Birkenau e Dachau, 4 meses em cada um. Foi isto que me deu a coragem e o espírito para vir aqui todos os anos. Também trabalho como voluntário”, afirma um sobrevivente.
Para o presidente do Congresso Judaico Mundial, o Jobbik tem um papel a desempenhar que o partido Fidesz e os socialistas não exploraram. Segundo ele, trata-se de um jogo perigoso pois é idêntico
ao percurso de ascensão de outros partidos de direita que surgiram no passado. No entanto, assim que estes partidos chegam ao poder, mudam tudo, afirma.
Estima-se que cerca de dez mil pessoas tenham participado nesta marcha que assinala 70 anos sobre a deportação dos judeus para o campo de concentração de Auschwitz. Para esta segunda-feira está prevista uma marcha simbólica entre os campos de Auschwitz e Birkenau.
A repórter da euronews, Andrea Hajagos, afirma que centenas de milhar de húngaros foram vítimas do Holocausto e, para ela, isto torna mais chocante os resultados das recentes pesquisas que mostram um aumento do antisemitismo, principalmente na capital, Budapeste, local de residência da maior parte da coomunidade judaica.