Luxemburgo: O primeiro "sim" de um primeiro-ministro

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O “sim” de Xavier Bettel e Gauthier Destenay tornou, esta sexta-feira ,o Luxemburgo no primeiro país da União Europeia a celebrar o casamento gay de

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O “sim” de Xavier Bettel e Gauthier Destenay tornou, esta sexta-feira ,o Luxemburgo no primeiro país da União Europeia a celebrar o casamento gay de um primeiro-ministro.

O chefe de governo de 42 anos casou-se pelo civil com o companheiro de longa data, um arquiteto belga de 39 anos, numa cerimónia informal no edifício da câmara municipal do Luxemburgo.

Uma decisão pessoal, anunciada há 4 anos, mas também política, após 18 anos de domínio do poder pelo partido social-cristão, e militante, a uma semana da Irlanda votar em referendo a legalização do casamento homossexual.

“Desejo que toda a gente seja tão feliz quanto eu. Obrigado ao povo do Luxemburgo, obrigado a todos, sem distinção, muito obrigado”, afirmou o primeiro-ministro, após a cerimónia.

Entre os convidados, o primeiro-ministro belga, Charles Michel:

“Estou aqui hoje para lhes desejar muita felicidade e sobretudo muita alegria”.

O casamento ocorre dois meses depois do Luxemburgo se ter tornado no décimo sétimo país do mundo a legalizar o casamento homossexual.

“O casamento de um primeiro-ministro é também uma mensagem forte, especialmente num momento em que a homofobia aumenta em vários países europeus”, afirma um dos convidados.

Uma revolução à altura da nova coligação laica liderada pelo jovem liberal, com socialistas e verdes, num país católico.

Nas ruas do Grão-Ducado, os habitantes mostram-se sensíveis à mensagem:

“Pode ser uma mudança para o futuro, pois pode encorajar outros a casarem-se”, afirma uma residente.

Outra luxemburguesa não hesita em lembrar, “pode incomodar algumas pessoas, mas haverá sempre gente contra. Dito isto, as pessoas não vão mudar de opinião, mas tudo isto tem a ver com a felicidade e ninguém pode estar contra isto, tem a ver com a liberdade neste país”.

Única diferença com os casamentos tradicionais, o casal afirmou já que vai abdicar da viagem de núpcias, devido à agenda sobrecarregada do noivo e primeiro-ministro.

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