Paragem obrigatória na Rota da Seda, a antiga cidade de Palmira, na Síria, está em risco de ser arrasada, como já aconteceu com outras joias da antiguidade na região.
É mais um tesouro arqueológico, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, que está a ser ameaçado pela barbárie cega do autoproclamado Estado Islâmico. Paragem obrigatória na Rota da Seda, a antiga cidade de Palmira, na Síria – mencionada na Bíblia hebraica e nos anais dos reis da Assíria – está em risco de ser arrasada, como já aconteceu com outras joias da antiguidade na região. Há combates a pouco mais de 1 km da cidade.
Com vestígios que remontam ao Neolítico, Palmira foi fundada no segundo milénio antes de Cristo. Semitas, helénicos, romanos, as grandes civilizações deixaram a sua marca neste oásis a meio caminho entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Eufrates.
A UNESCO classificou a cidade como Património Mundial em 1980. A diretora da organização está “alarmada” com a possibilidade de a cidade ser destruída e recordou que a Convenção de 1954 relativa à “proteção do património em tempos de conflito” estabelece que os sítios históricos “não devem ser utilizados para fins militares”, como é o caso neste momento.
Os energúmenos do Estado Islâmico têm sistematicamente destruído o inestimável património histórico dos locais que vão conquistando. Hatra, Dur Sharrukin, Nimrud ou ainda a biblioteca de Mossul, no Iraque, foram algumas das vítimas da fúria dos jiadistas na sua tentativa de apagar a História.