Os militantes do grupo Estado Isl\u00e2mico tiveram, contudo, ajuda de \u0022toupeiras\u0022 dentro de Palmira. \u0022H\u00e1 habitantes da cidade a ajudar os 'jihadistas'. Foram eles que os trouxeram e os orientaram. Sem ajuda destes residentes, o grupo Estado Isl\u00e2mico n\u00e3o saberia para onde ir, quais ruas por onde seguir ou quais as casas importantes\u0022, relatou um habitante de Palmira sob anonimato.

#Volunteer from #Homs Branch Responding to Palmyra\u2019s displaced people in #Ghazalah village http://t.co/YAjp5PMapqpic.twitter.com/KcLjQXL0n2

— Syrian Red Crescent (SYRedCrescent) 18 maio 2015 Em Damasco, o ministro do interior garantiu que o governo de Bashar al-Assad est\u00e1 a fazer tudo para proteger o legado da cidade antiga. \u201cEm coopera\u00e7\u00e3o com as for\u00e7as militares, estamos a envidar todos os esfor\u00e7os poss\u00edveis para proteger Palmira e a trabalhar com o Minist\u00e9rio da Cultura para manter em seguran\u00e7a os monumentos. Vamos fazer tudo para proteger estas antiguidades porque este \u00e9 um legado para a nossa na\u00e7\u00e3o e para a humanidade\u201d, afirmou Mohamad al-Shaar. Situada 200 quil\u00f3metros a nordeste de Damasco e a pouco mais de 150 a leste de Homs, Palmira, tal como o nome indica, eleva-se como um o\u00e1sis no deserto s\u00edrio. J\u00e1 o era assim h\u00e1 mais de 2000 anos. Nela encontram-se hoje em dia ru\u00ednas do que foi um dos mais importantes centros culturais do Mundo antigo, cujo primeiro registo data do segundo mil\u00e9nio antes de Cristo. Palmira era um entreposto para todos os viajantes que cruzavam o deserto s\u00edrio. A certa altura, revoltou-se contra o Imp\u00e9rio Romano e foi o quartel-general do fugaz Imp\u00e9rio de Palmira. A riqueza da cidade permitiu-lhe erigir uma vasta diversidade de monumentais edif\u00edcios, por volta dos s\u00e9culos I e II depois de Cristo, de que hoje em dia apenas resistem ru\u00ednas. H\u00e1 dois anos, a UNESCO colocou Palmira na lista Patrim\u00f3nio mundial em perigo. Hoje, \u00e0s m\u00e3os do grupo Estado Isl\u00e2mico, que tem vindo a destruir por onde passa muitos dos s\u00edmbolos das culturas rivais, Palmira est\u00e1 mesmo em perigo. We call for an IMMEDIATE END to hostilities in #WorldHeritage Palmyra http://t.co/gJVML7MHUS #Unite4Heritage pic.twitter.com/dIvXWRVGZi\u2014 UNESCO (UNESCO) 20 maio 2015

Syrian activists say Islamic State extremists, after seizing Palmyra, now control ancient site: http://t.co/hbmc1CJXK4

— The Associated Press (AP) 21 maio 2015 #Syria | Government forces collapses. #ISIL takes control of #Palmyra \u2013 The Syrian Observatory pic.twitter.com/mq8KH1dTFr\u2014 Zaid Benjamin (@zaidbenjamin) 20 maio 2015", "dateCreated": "2015-05-21 08:44:03", "dateModified": "2015-05-21 08:44:03 +02:00", "datePublished": "2015-05-21 08:44:03 +02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://static.euronews.com/articles/306423/1440x810_306423.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Mais de uma centena de soldados \u00e0s ordens do governo da S\u00edria foram mortos na batalha de Palmira. A cidade patrim\u00f3nio da UNESCO foi conquistada", "thumbnail": "https://static.euronews.com/articles/306423/385x202_306423.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://static.euronews.com/website/images/euronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Francisco Marques", "url": "marques-f", "sameAs": "https://twitter.com/frmarques4655" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "https://pt.euronews.com/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://static.euronews.com/website/images/euronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "https://pt.euronews.com/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "https://pt.euronews.com/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Síria: Mais de 100 soldados sírios morreram e ISIL conquista o património UNESCO de Palmira

Síria: Mais de 100 soldados sírios morreram e ISIL conquista o património UNESCO de Palmira
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De  Francisco Marques com Reuters, UNESCO
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Mais de uma centena de soldados às ordens do governo da Síria foram mortos na batalha de Palmira. A cidade património da UNESCO foi conquistada

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Mais de uma centena de soldados às ordens do governo da Síria foram mortos na batalha de Palmira. A cidade património da UNESCO foi conquistada quarta-feira pelo grupo autoproclamado Estado Islâmico (ou ISIL, pela sigla inglesa), que já controla mais de metade do país governando por Bashar al-Assad.

Terá sido a primeira vez que os “jihadistas” do ISIL conquistaram o controlo de uma cidade ao exército sírio e às forças aliadas que combatem os insurgentes. Neste caso, trata-se de importante ponto estratégico. Em Palmira, está localizado um aeroporto, situa-se uma importante base militar síria e a região é cruzada por uma importante autoestrada que liga a capital síria, Damasco, às províncias no leste do país, a maioria já controladas pelos extremistas islâmicos.

Capture of Palmyra is first time Islamic State has taken control of a city from Syrian army: http://t.co/j4f8RD8nqnpic.twitter.com/MKDOQPU6Bm

— Reuters Top News (Reuters) <a href="https://twitter.com/Reuters/status/601135449663475713">20 maio 2015</a></blockquote> <script async src="//platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script> <p>Os militantes do grupo Estado Islâmico tiveram, contudo, ajuda de "toupeiras" dentro de Palmira. "Há habitantes da cidade a ajudar os 'jihadistas'. Foram eles que os trouxeram e os orientaram. Sem ajuda destes residentes, o grupo Estado Islâmico não saberia para onde ir, quais ruas por onde seguir ou quais as casas importantes", relatou um habitante de Palmira sob anonimato. <p> <blockquote class="twitter-tweet" lang="pt" align="center"><p lang="en" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/Volunteer?src=hash">#Volunteer</a> from <a href="https://twitter.com/hashtag/Homs?src=hash">#Homs</a> Branch Responding to Palmyra’s displaced people in <a href="https://twitter.com/hashtag/Ghazalah?src=hash">#Ghazalah</a> village <a href="http://t.co/YAjp5PMapq">http://t.co/YAjp5PMapq</a> <a href="http://t.co/KcLjQXL0n2">pic.twitter.com/KcLjQXL0n2</a></p>&mdash; Syrian Red Crescent (SYRedCrescent) 18 maio 2015

Em Damasco, o ministro do interior garantiu que o governo de Bashar al-Assad está a fazer tudo para proteger o legado da cidade antiga. “Em cooperação com as forças militares, estamos a envidar todos os esforços possíveis para proteger Palmira e a trabalhar com o Ministério da Cultura para manter em segurança os monumentos. Vamos fazer tudo para proteger estas antiguidades porque este é um legado para a nossa nação e para a humanidade”, afirmou Mohamad al-Shaar.

Situada 200 quilómetros a nordeste de Damasco e a pouco mais de 150 a leste de Homs, Palmira, tal como o nome indica, eleva-se como um oásis no deserto sírio. Já o era assim há mais de 2000 anos. Nela encontram-se hoje em dia ruínas do que foi um dos mais importantes centros culturais do Mundo antigo, cujo primeiro registo data do segundo milénio antes de Cristo.

Palmira era um entreposto para todos os viajantes que cruzavam o deserto sírio. A certa altura, revoltou-se contra o Império Romano e foi o quartel-general do fugaz Império de Palmira. A riqueza da cidade permitiu-lhe erigir uma vasta diversidade de monumentais edifícios, por volta dos séculos I e II depois de Cristo, de que hoje em dia apenas resistem ruínas.

Há dois anos, a UNESCO colocou Palmira na lista Património mundial em perigo. Hoje, às mãos do grupo Estado Islâmico, que tem vindo a destruir por onde passa muitos dos símbolos das culturas rivais, Palmira está mesmo em perigo.

We call for an IMMEDIATE END to hostilities in #WorldHeritage Palmyra http://t.co/gJVML7MHUS#Unite4Heritagepic.twitter.com/dIvXWRVGZi

— UNESCO (UNESCO) <a href="https://twitter.com/UNESCO/status/601061039938080768">20 maio 2015</a></blockquote> <script async src="//platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script> <p> <blockquote class="twitter-tweet" lang="pt" align="center"><p lang="en" dir="ltr">Syrian activists say Islamic State extremists, after seizing Palmyra, now control ancient site: <a href="http://t.co/hbmc1CJXK4">http://t.co/hbmc1CJXK4</a></p>&mdash; The Associated Press (AP) 21 maio 2015

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— Zaid Benjamin (@zaidbenjamin) 20 maio 2015

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