Os líderes da zona euro fizeram na terça-feira um ultimato ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, para apresentar propostas definitivas e
Os líderes da zona euro fizeram na terça-feira um ultimato ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, para apresentar propostas definitivas e sólidas antes de sexta-feira que permitam fechar definitivamente a crise grega no próximo domingo.
“O país tem de voltar a ser como antes. Havia ordem nas nossas vidas. Que mais há a dizer? A situação é muito difícil e destruíram o futuro dos nossos filhos. É isto que penso”, disse uma habitante de Atenas.
Muitos alemães estão fartos de ouvir falar dos problemas da dívida grega e perguntam porque devem ser eles a pagar os erros de governos gregos anteriores.
“Como cidadão incomoda-me que continuemos a enviar dinheiro para lá, que provavelmente nunca mais iremos ver, enquanto a Grécia não vê necessidade de fazer alguma coisa por isso. Isso irrita-me”, protestou um alemão de Munique.
Em Itália há quem manifeste receio de que a crise grega tenha repercussões nos outros países mediterrânicos e crie tensão entre o sul e o norte do continente.
“A dívida grega também nos afeta. Temos de os ajudar com dinheiro. Se não puderem pagar a dívida, também teremos problemas. O certo é que as coisas não estão no bom caminho. Nenhum dos países mediterrânicos está no bom caminho” sublinhou um romano a caminho do trabalho.
Quanto aos espanhóis, parecem divididos sobre o que a Europa tem de fazer para resolver a crise grega.
“Se não facilitarem a vida aos gregos, eles não poderão pagar. Quando se tem uma hipoteca e não se pode pagar, não se paga. Ou facilitam o pagamento, ou não se pode pagar. Perde quem empresta e quem pede emprestado”, afirmou uma habitante de Madrid.