A vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais norte-americanas de 2008 foi acompanhada por festejos no Quénia, o país da família paterna do
A vitória de Barack Obama nas eleições presidenciais norte-americanas de 2008 foi acompanhada por festejos no Quénia, o país da família paterna do primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Obama já tinha ido ao Quénia em 1987 e 2006, mas desde que foi eleito ainda não visitou a terra do pai, apesar de ter ido quatro vezes a África.
Também não é desta vez que o presidente norte-americano vai visitar os familiares na pequena aldeia de Kogelo, no oeste do Quénia, e alguns residentes não escondem a deceção.
“Estou muito desiludido. Queremos que o nosso rapaz venha visitar-nos, deixem-no vir para cumprimentar a avó. Assim, seremos o povo mais feliz do mundo”, declarou Richard Okello.
É nesta aldeia que está enterrado o pai do presidente norte-americano. Barack Obama mal o conheceu já que ele deixou a família quando Obama ainda era bebé e morreu com apenas 46 anos.
Só depois da morte do pai é que Obama decidiu ir à procura das raízes no Quénia e visitou a aldeia onde ainda tem familiares. É o caso de Sarah Obama, de 94 anos, a terceira esposa do seu avô, que
diz compreender que Barry – o nome que chama ao neto – não possa visitá-la desta vez porque foi convidado pelo presidente queniano.
Com a chegada de Obama à Casa Branca, Kogelo passou a ser famosa e a água e eletricidade chegaram à aldeia. Ainda assim, os habitantes queriam um pouco mais de atenção da parte do governo norte-americano.
“Estamos um pouco dececionados porque quando ele se tornou presidente pensámos que mais coisas viriam mas até agora nada. Estamos à espera de programas de intercâmbio entre escolas norte-americanas e a nossa”, explicou o professor Stephen Okumu da Escola Primária Senador Obama.
Apesar das autoridades terem anunciado que Barack Obama não vai poder deslocar-se a Kogelo, muitos aguardam uma visita surpresa daquele que consideram como filho da terra.