Mais de 3 mil e duzentos clandestinos entraram na Hungria na quarta-feira, vindos da Sérvia, segundo as autoridades húngaras. Um novo recorde.
Mais de 3 mil e duzentos clandestinos entraram na Hungria na quarta-feira, vindos da Sérvia, segundo as autoridades húngaras. Um novo recorde.
O afluxo de migrantes, a maioria sírios, aumenta todos os dias. Querem entrar no espaço Schengen de livre circulação europeia, antes que a Hungria consiga terminar a barreira que está a construir na fronteira com a Sérvia.
Fazem parte de uma vaga de cerca de 7 mil pessoas, principalmente sírios, que fogem a guerra, a miséria e a repressão. Sonham com um futuro melhor, e um Estado que lhes garanta proteção.
Deixaram para trás as suas casas para procurar esse sonho, como diz Mahdi, originário da Síria:
“Quando deixei a Síria, chorei dias seguidos. Durante os seis meses que passei no Líbano, via a Síria todos os dias nos meus sonhos. Todos os dias.
Mas temos de procurar a nossa vida, temos de ir atrás dos nossos sonhos.”
Nasir, de 24 anos, vem do Iraque. Diz estar grato pela ajuda que tem experimantado na Europa e responsabiliza os países árabes pela crise na Síria e no Iraque:
“A Grécia e a Macedónia ajudaram-nos a chegar aqui. A UNICEF e os média protegeram-nos. Mas o que me surpreende é que os países árabes, como os Emirados, a Arábia Saudita e o Qatar, tenham causado o desastre do Iraque e da Síria”.
Desde janeiro, a Hungria registou mais de 80 mil entradas ilegais no seu território.
As autoridades húngaras planeiam encerrar até 31 de agosto a fronteira com a Sérvia, mas será possível travar esta maré humana com uma barreira de arame de 4 metros de altura?