Rota dos Balcãs sob pressão, FYROM recebe número recorde de refugiados

O número de refugiados que cruza a rota dos Balcãs é cada vez maior. Esta terça-feira atracou no porto do Pireu, em Atenas, mais um ferry boat repleto de deslocados. O navio zarpou de Lesbos, onde permanecem cerca de 20 mil refugiados que tentam embarcar para o continente. No total, as ilhas gregas albergam atualmente mais de 30 mil pessoas desesperadas.
A Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM) é a etapa seguinte neste longo périplo. Esta terça-feira chegaram ao país sete mil pessoas, um número recorde.
“Há um mês que comecei esta viagem… um mês depois ainda estou no caminho” – explica um migrante do Afeganistão.
À Sérvia chegam diariamente entre dois a três milhares de refugiados, informaram a autoridades de Belgrado. A maioria vem do vizinho do sul, mas o número dos que entram no país via a Bulgária está a aumentar.
À chegada à Hungria os refugiados são obrigados a esperar em Roszke pela autorização da polícia para acederem a um centro de registo. Mas as condições são péssimas no campo de milho transformado em campo improvisado.
Leila tem 45 anos e era advogada na Síria. Depois de se meter ao caminho, lança agora um aviso: “Não venham por esta rota, é muito perigosa. Eu vejo a morte em todo o lado.”
Muitos, cansados de esperar, tentam furar o cordão policial e fazem-se à estrada, a pé, rumo a Budapeste, onde esperam apanhar um comboio que os leve até ao destino sonhado.