Não há consensos quanto ao número de vítimas daquela que já é considerada a mais grave tragédia dos últimos 25 anos durante a peregrinação anual
Não há consensos quanto ao número de vítimas daquela que já é considerada a mais grave tragédia dos últimos 25 anos durante a peregrinação anual Hajj, em Meca.
Os números oficiais avançados pelas autoridades da Arábia Saudita apontam para 769 mortos. Mas vários países, incluíndo a Índia e a Indonésia garantem que o balanço é bem mais negro. Também o Paquistão, país de origem de muitos dos peregrinos, afirma que “o governo saudita publicou fotografias de 1100 mártires de vários países. 1100 peregrinos que podem ser identificados nas embaixadas”.
Mas as autoridades sauditas garantem que estes são números totais das vítimas durante toda a peregrinação e não apenas no incidente do passado dia 24.
O presidente iraniano Hassan Rohani, que esteve em Nova Iorque para a Assembleia Geral das Nações Unidas, regressou mais cedo a Teerão para participar nas cerimónias fúnebres das vítimas iranianas da tragédia. O país prestou homenagem a pelo menos 228 mortos. Rohani acusa as autoridades sauditas de terem reagido tarde e mal a esta tragédia: “A Arábia Saudita deveria assumir as suas obrigações legais e internacionais para com os cidadãos estrangeiros e peregrinos de Kaaba. É necessária uma investigação profunda para perceber as causas deste incidente”.
O presidente iraniano acusa ainda a Arábia Saudita de lentidão na trasladação dos corpos para os países de orígem. Esta tragédia deixou ainda mais tensas as relações entre Riade e Teerão.