Polónia: Eleições de domingo com nacionalistas à frente nas sondagens

Polónia: Eleições de domingo com nacionalistas à frente nas sondagens
De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS E TVP
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A Polonia vai a votos este domingo e as últimas sondagens apontam para a vitória do partido conservador Lei e Justiça (PiS), embora sem a possibilidade de formar um governo maioritário.

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Esta sexta-feira foi o último dia de campanha antes das eleições gerais de domingo na Polónia, onde, tal como em Portugal, sábado é considerado um dia de reflexão.

As últimas sondagens apontam para a vitória do partido conservador Lei e Justiça (PiS, pelas siglas em polaco), com 33 a 38 por cento dos votos, embora com poucas possibilidades de formar um governo maioritário.

Beata Szydlo, a candidata do partido Lei e Justiça, poderia assim ser a próxima primeira-ministra da Polónia, embora com a possível necessidade de coligações mais à direita, que poderiam incluir partidos políticos considerados xenófobos.

O partido Lei e Justiça é liderado por Jaroslaw Kaczyinski, irmão gémeo do antigo Presidente polaco, Lech Kaczyinski, morto num acidente de avião em 2010, na Rússia.

A provável formação de governo da parte do PiS preocupa os mercados, pois, apesar de socialmente conservador, o partido tende a tomar medidas próximas da esquerda no plano económico, o que poderia pôr termo ao alinhamento de Varsóvia com as políticas de Bruxelas de mais de uma década.

Além disso, a eleição do PiS significa que a Polónia passaria a fazer parte do conjunto de Estados membros da União Europeia com governos nacionalistas, intensificando as diferenças com Bruxelas em temas, como a emigração, o acolhimento de refugiados ou as políticas de convergência económica e reformas estruturais.

Em segundo lugar nas sondagens surge o partido liberal Plataforma Cívica (PO, em polaco), atualmente no poder, com 22 a 26 por cento das intenções de voto, da candidata Eva Kopacz.

Para Wojciech Szacki, analista no think tank polaco Polityka Insight, a quebra na popularidade dos liberais do PO é o resultado da derrota do candidato presidencial do partido, Bronislaw Komorowski, nas eleições presidenciais de maio último.

“O PO tinha hipóteses de governar enquanto o antigo Presidente Komorowski se encontrava no poder. Mas este demonstrou não preocupar-se pelo assunto, sobretudo durante a reeleição presidencial, porque pensou que a presidência lhe pertencia. Uma arrogância que custará caro ao PO, que na realidade, já perdeu estas eleições gerais de outubro em maio passado.”

Uma das grandes preocupações destas eleições é o desinteresse da população por todo o processo. Por isso, o Presidente Adrzej Duda veio à televisão pública relembrar aos polacos o quanto é importante votar.

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